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Depois que a prefeitura de Avaré (SP) anunciou que vai cancelar a base do Samu regional na cidade, os municípios de Itaí, Paranapanema e Taquarituba informaram, nesta sexta-feira (8), que estão disponíveis para sediar o serviço.
O Samu de Avaré funciona por meio de um consórcio regional de municípios e assiste os moradores de 12 cidades: Avaré, Arandu, Barão de Antonina, Cerqueira César, Coronel Macedo, Fartura, Itaí, Itaporanga, Manduri, Paranapanema, Taguaí e Taquarituba.
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Nesta semana, a prefeitura de Avaré informou que iria encerrar o serviço, já que o custo é muito alto e estaria sendo dividido de forma desigual entre os municípios.
O município alegou ainda que não recebe recursos federais para manter o serviço e afirmou que os demais municípios consorciados pagam R$ 0,85 por habitante, enquanto Avaré paga R$ 3,70 por morador.
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Por isso, a prefeitura de Avaré informou que vai montar um novo serviço de atendimento móvel de urgência, que atenda apenas aos moradores da cidade. Segundo o prefeito, já foi feita uma proposta de divisão per capita para os municípios que integram o consórcio, mas eles não teriam aceitado.
Depois desse pronunciamento, representantes de cidades que fazem parte do consórcio se reuniram e decidiram, por unanimidade, que o Samu terá uma nova base de regulamentação.
Conforme a prefeitura de Fartura, todos os municípios que integram o Consórcio Intermunicipal do Alto Vale do Paranapanema e o Samu Vale do Jurumirim estão em dia com o repasse mensal para subsidiar os serviços prestados pela rede de atendimento móvel.
Apesar do anúncio, ainda não há data estabelecida para o fim das atividades do Samu em Avaré, ou para mudança de sede.
Protesto
Após o pronunciamento do secretário de Saúde sobre o cancelamento da base em Avaré, funcionários do Samu realizaram uma manifestação em frente à Câmara Municipal, na segunda-feira (4).
Uniformizados e com faixas, o grupo protestou contra o cancelamento da unidade, alegando que o serviço é de extrema importância para a população.
“Fomos heróis da pandemia para a população e somos lixo para a Prefeitura de Avaré”, diz uma das faixas.
Posicionamentos
Em nota, o Consórcio Intermunicipal do Alto Vale do Paranapanema (AMVAPA) disse que o Samu em Avaré foi criado por uma lei municipal em 2011, com um termo de convênio de cooperação mútua intermunicipal, autorizado pelo Ministério da Saúde.
Segundo o consórcio, a responsabilidade atual da AMVAPA na administração do Samu é fornecer sete médicos e três enfermeiros ao serviço, o que está sendo feito.
Já o Ministério da Saúde informou que o Samu Regional foi desabilitado da Prefeitura de Avaré por causa de irregularidades encontradas na escala dos trabalhadores. Segundo a pasta, havia dias em que só ficava um médico de plantão, deixando a Unidade de Suporte Avançado sem atendimento.
O Ministério da Saúde informou ainda que a prefeitura já foi notificada pela pasta e que aguarda nova documentação com a comprovação de que as adequações solicitadas foram sanadas, para obter novamente o recurso de custeio mensal referente a Unidade de Suporte Avançado (UTI Móvel) de Avaré.
A Promotoria de Justiça de Avaré disse que aguarda esclarecimentos acerca dos fatos por parte da Prefeitura Municipal.
Fonte: G1 – Foto: Thais Gomes/ TV TEM