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Ondas sísmicas de terremotos detectados pela sonda robótica InSight da Nasa ajudaram cientistas a decifrar a anatomia de Marte, incluindo as primeiras estimativas sobre o grande núcleo de metal líquido do planeta, a espessura de sua crosta, e a natureza de seu manto.
As descobertas reveladas na quinta-feira iluminam o que era antes um entendimento pobre sobre a estrutura interna do vizinho menor da Terra, e proporcionam algumas surpresas, além da confirmação de que o centro do Planeta Vermelho é derretido.
A sonda InSight, que pousou no planeta em 2018 para começar a primeira missão de estudo do interior profundo de Marte, já detectou mais de 700 tremores, a maior parte deles moderados.
Ondas geradas pelos tremores variam em velocidade e tamanho ao atravessarem diferentes materiais dentro de um planeta. Dados do sismógrafo sobre mais de 30 tremores de Marte permitiram que o interior do planeta estivesse em foco.
“A real importância dessas descobertas é que, pela primeira vez, nós realmente temos medidas de dimensões – tamanhos – dos blocos fundamentais do planeta Marte”, disse o geofísico planetário Bruce Banerdt, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, principal investigador da missão da InSight.
“Antes disso, tudo o que tínhamos eram comparações com a Terra, cálculos teóricos e inferências indiretas de outras observações como vestígios de isótopos químicos de meteoritos marcianos”, acrescentou Banerdt.
O núcleo de Marte, a camada geológica no centro do planeta, tem 3.660 quilômetros de diâmetro, medida maior do que se pensava. Isso sugere que o núcleo, composto em sua maioria por ferro e níquel, é menos denso do que anteriormente conhecido, com elementos mais leves como enxofre, oxigênio, carbono e hidrogênio representando uma proporção inesperadamente grande da composição.
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Fonte: Agência Brasil – Foto: Nasa
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