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Abaixo das areias da famosa Praia do Futuro, em Fortaleza, chegam 16 cabos submarinos de fibra óptica que conectam o Brasil ao mundo.
São esses cabos submarinos que formam a espinha dorsal da internet mundial. Eles transportam quase todas as comunicações, mas, em um mundo de redes sem fio e smartphones, mal nos damos conta de que existem.
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À medida que a internet se tornou mais móvel e sem fio, a quantidade de dados trafegando por cabos submarinos aumentou exponencialmente. E com o aumento da velocidade dos planos de internet banda larga essa infraestrutura ficou ainda mais robusta de cabos.
Atualmente, cerca de 600 cabos submarinos de internet fibra óptica estão em operação no mundo e são responsáveis por mais de 97% do tráfego internacional de dados.
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No Brasil, o principal ponto de chegada dessa conexão é a praia do Futuro, em Fortaleza (CE). A capital cearense abriga 16 cabos submarinos, o maior número da América Latina, ocupando a 17ª posição no ranking mundial, segundo dados da consultoria TeleGeography.
A escolha de Fortaleza como esse ponto estratégico se deve a diversos fatores: localização geográfica próxima de outros continentes, estabilidade do leito oceânico e a crescente produção de energia renovável no estado, como solar e eólica.
De acordo com o NIC.br, entidade que monitora a infraestrutura da internet no país, cerca de 90% do tráfego internacional de dados que entra ou sai do Brasil passa por Fortaleza.
Além da chegada dos cabos, a cidade conta com seis data centers de alto padrão, responsáveis por armazenar e distribuir dados usados por plataformas como Google, Netflix e Meta.
Esses centros de processamento são fundamentais para o funcionamento da internet residencial e dos serviços em nuvem.
Um novo megacomplexo está previsto para ser construído no Porto do Pecém, com previsão de operação em 2027 e investimento estimado em R$ 50 bilhões.
Essas “rodovias submarinas” são essenciais para garantir que a internet banda larga funcione com qualidade em todo o país, viabilizando o uso diário de serviços online, como streaming e armazenamento em nuvem.
Mesmo diante de eventuais falhas em algum cabo, a maior parte da internet residencial brasileira segue funcionando normalmente. Isso porque entre 70% e 80% dos dados consumidos no país já estão armazenados em território nacional, segundo o NIC.br.
A continuidade do serviço é garantida por estruturas de troca de dados como o IX.br, que conecta diferentes redes de forma eficiente e segura.