25 de novembro, 2024

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Toneladas de urânio ‘sumiram’ de depósito na Líbia, diz agência da ONU

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Inspetores da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) descobriram que cerca de 2,5 toneladas de urânio natural desapareceram de um depósito na Líbia que não está sob controle do governo, disse o órgão em um comunicado nesta quarta-feira (15) obtido pela agência de notícias Reuters.

A descoberta aconteceu durante uma inspeção de rotina. Ela estava originalmente planejada para o ano passado, mas “teve que ser adiada por causa da situação de segurança na região” e ocorreu nesta terça-feira, de acordo com o comunicado confidencial do chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi.

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Praça dos Mártires, no coração da capital da Líbia, Trípoli, em 11 de janeiro de 2023 (Foto: Reprodução)

Os inspetores da AIEA descobriram que 10 tambores, contendo aproximadamente 2,5 toneladas de urânio natural na forma minério concentrado, previamente declarados como sendo armazenados naquele local não estavam presentes, disse o comunicado.

A agência disse ainda que vai avaliar as circunstâncias da remoção do urânio do local – que não é de fácil acesso, – e buscar identificar onde os barris estão agora.

“A perda de conhecimento sobre a localização atual do material nuclear pode apresentar um risco radiológico, bem como preocupações de segurança nuclear”, disse.

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Não ficou especificado no comunicado qual é esse local onde deveria estar o urânio, nem quem é o responsável, citando apenas que não estava sob o controle do governo interino.

Instabilidade política

Fila de veículos blindados é vista em Trípoli, capital da Líbia, em foto de 2022 (Foto: Reprodução)

Em 2003, a Líbia, sob o então líder Muammar Gaddafi, renunciou ao seu programa de armas nucleares. O país havia obtido centrífugas que podem enriquecer urânio, bem como informações de projeto para uma bomba nuclear, embora tenha feito pouco progresso em direção a uma bomba.

A Líbia tem tido pouca paz desde que um levante apoiado pela Otan em 2011 derrubou Kadafi. Desde 2014, o controle político foi dividido entre facções rivais do leste e do oeste, com o último grande surto de conflito terminando em 2020.

O governo interino da Líbia, posto em prática no início de 2021 por meio de um plano de paz apoiado pela ONU, só deveria durar até uma eleição marcada para dezembro daquele ano que ainda não foi realizada, e sua legitimidade agora também é contestada.

Fonte: Yahoo!

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