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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou, em 2ª instância, que as mais de mil búfalas que foram encontradas em situação de maus-tratos, com fome e sede, na Fazenda Água Sumida, em Brotas (SP), continuem sob a responsabilidade da ONG Amor e Respeito Animal (ARA).
O TJ julgou o caso na quinta-feira (30), após um recurso impetrado pela defesa do fazendeiro Luiz Augusto Pinheiro de Souza, contra a decisão da Comarca de Brotas, de janeiro de 2022, que determinou o perdimento dos animais da família para a ONG.
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Em uma página do Instagram, a ONG ARA comemorou a decisão e agradeceu o trabalho jurídico que tem sido feito desde o resgate das “meninas”, como as búfalas são carinhosamente chamadas.
A reportagem procurou os advogados responsáveis pela defesa do fazendeiro para comentar o caso e saber se eles irão recorrer da decisão e aguarda retorno.
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Entenda o caso
Em novembro de 2021, após denúncias, a Polícia Ambiental encontrou mais de mil búfalas em situação de abandono em uma fazenda de Brotas.
De acordo com a polícia, os animais estavam em péssimas condições, sem comida e água. Pelo menos 22 deles já estavam mortos.
O responsável pelo local, o fazendeiro Luiz Augusto Pinheiro de Souza chegou a ser multado em mais de R$ 4 milhões e foi preso por maus-tratos, entretanto, saiu da cadeia após pagar fiança. Ele voltou a ser preso novamente em janeiro deste ano e foi solto em junho.
O pecuarista negou maus-tratos, justificou a falta de pasto por conta da estiagem e atribuiu a perda de peso dos animais à idade avançada.
Voluntários se mobilizaram para cuidar dos animais e, liderados por Alex Parente, da ONG Amor e Respeito Animal (ARA), começaram a trabalhar na recuperação dos bubalinos, além de travar uma briga judicial pela tutela do rebanho.
Em dezembro do ano passado, pelo menos 98 carcaças de búfalos foram localizadas e desenterradas por peritos da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) na fazenda.
Fonte: G1