28 março, 2024

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Testemunha diz à polícia ter visto homem na casa onde morava família que morreu carbonizada no ABC

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A Polícia Civil disse na tarde desta quinta-feira (30) que um homem foi visto por uma testemunha na casa onde morava a família encontrada morta carbonizada em um carro em São Bernardo do Campo, na região do ABC. O suspeito já foi identificado pela polícia.

Os empresários Romuyuki Gonçalves e Flaviana Guimarães foram achados carbonizados dentro do porta-malas do carro da família, junto com o filho caçula, Juan Victor Gonçalves, de 16 anos, na estrada do Montanhão, em São Bernardo. A filha mais velha do casal morto, Ana Flávia, e a namorada dela, Carina, foram presas na noite desta quarta (29) por suspeita de participação no crime.

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Os delegados responsáveis pela investigação disseram que, segundo a testemunha, o homem de aproximadamente 1,90 m ajudava o casal Ana Flávia e Carina a retirar objetos pesados da casa onde a família assassinada morava, na cidade de Santo André, também no ABC.

A testemunha está sob proteção policial e alega ter visto as duas mulheres carregando o carro da família com a ajuda desse homem, que está sendo procurado.

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“A testemunha contraria tudo que as duas falaram. Diz que elas não estavam sozinhas e que colocaram o carro de ré e carregaram coisas pesadas, com ajuda do homem de 1,90 m. Isso é altamente suspeito”, declarou o Paul Henry, delegado titular do Deic de São Bernardo do Campo. Ele desconfia que esses itens pesados possa ser os corpos das vítimas.

Flaviana, Romuyuki e filho Juan foram encontrados carbonizados no ABC — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Flaviana, Romuyuki e filho Juan foram encontrados carbonizados no ABC (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Investigação

A polícia não fala em motivação dos crimes, mas em depoimentos de familiares foi informado que houve uma briga familiar por causa da transferência de um carro, que teria gerado uma discussão acalorada da família dias antes das três mortes.

Os investigadores acreditam que um segundo homem possa ter participado da ação e procura por dois suspeitos. “Pedimos o sigilo telefônico das duas. Tem mais indivíduos que participaram junto com esse rapaz de 1,90m”, disse Ronaldo Tossuniam, delegado seccional de São Bernardo do Campo.

A investigação do Deic também aponta que o Jeep Compass azul da família tenha sido utilizado para carregar os corpos de Romuyuki Gonçalves e do filho dele, Juan Victor Gonçalves, e que a mãe, Flaviana, tenha sido obrigada dirigir o jipe da família, sendo assassinada no local onde os três corpos foram encontrados.

Da casa da família foram levadas jóias, objetos eletroeletrônicos, dinheiro em espécie que somam a quantia de R$ 8 mil em moeda nacional e estrangeira, além de uma arma antiga quebrada, que pertenceu ao avô da suspeita, Ana Flávia.

Carina Ramos e Ana Flávia Gonçalves são investigadas por suspeita de participação no crime no ABC — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Carina Ramos e Ana Flávia Gonçalves são investigadas por suspeita de participação no crime no ABC (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

Relacionamento conturbado

A polícia também ouviu familiares das vítimas que alegaram que o casal Ana Flávia e Carina tinha um relacionamento conturbado com os pais, Romuyuki Gonçalves e Flaviana.

Carina, inclusive, era proibida de frequentar a casa dos sogros. Ela namorava com Ana Flávia há dois anos e as duas viviam separadas da família, também em Santo André.

O pai de Ana Flávia, Romuyuki Gonçalves, não aceitava o relacionamento entre as duas, segundo a polícia. Na noite do crime, porém, imagens do circuito interno do condomínio mostram que Carina, namorada de Ana Flávia, esteve no condomínio onde o casal morava.

“Elas contribuíram para facilitar que outras pessoas pudessem entrar na casa e cometer o crime”, afirmou o delegado Paul Henry. “Foi um crime premeditado, homicídio triplamente qualificado. Todos os indícios levam à a participação das duas no crime. O inquérito vai nesse caminho e isso será apresentado para a Justiça”, informou.

Polícia isolou área em São Bernardo do Campo — Foto: Reprodução/TV Globo
Polícia isolou área em São Bernardo do Campo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Traumatismo craniano

Durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira, a polícia confirmou também que as três vítimas foram mortas antes de terem os corpos queimados na estrada do Montanhão. Elas apresentavam lesões do lado direito da cabeça, de acordo com o delegado Ronald Quene.

“Os corpos não tinham vestígios de aspiração de fuligem. Pai e filho foram mortos na casa e a mãe saiu dirigindo o carro sob ameaça e foi morta na estrada do Montanhão. O laudo necroscópico comprovou a causa da morte deles por traumatismo craniano”, declarou.

Contradições e cronologia

Os investigadores do Deic justificaram que o pedido de prisão temporária de Ana Flávia e Carina foi feito após as duas apresentarem contradições nos depoimentos. Essas contradições dizem respeito aos horários e roupa usada por elas no dia dos fatos, assim que o carro de Ana Flávia, um Pálio, foi encontrado pelos policiais.

Na cronologia do crime apresentado pelo delegado Paul Henry, às 06h da tarde de segunda-feira (27) Ana Flávia chega com o Pálio na casa da família e permanece lá dentro.

Às 20h, a namorada Carina chega com capuz e fica observando da recepção do condomínio. Logo em seguida, às 22h, a mãe da moça, Flaviana, chega com o jipe encontrado carbonizado.

Pouco depois da meia noite, os dois carros saem juntos do condomínio. Às 2h50 da terça-feira (28), vem o aviso de que o carro estava incendiado com os corpos, na zona rural de São Bernardo.

Fonte: G1

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