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O resultado teste de Rorschach indicou que Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, é egocêntrica, narcista e influenciável para condutas violentas. O exame, popularmente conhecido como “teste do borrão de tinta”, deve ajudar a Justiça a avaliar o pedido de progressão para o regime aberto da detenta, presa em Tremembé (SP).
O G1 obteve as informações do laudo, que ficou pronto no começo do mês – o processo da presa tramita em segredo de Justiça.
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O teste de Rorschach consegue captar elementos e traços da personalidade profundos dos pacientes analisados e serve para identificar, por exemplo, se o detento está apto a retornar ao convívio em sociedade.
O exame foi um pedido do Ministério Público (MP), que com base no resultado deu parecer contrário à soltura de Suzane. Não há prazo para Justila decidir sobre o pedido para cumprimento do resto da pena em liberdade.
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O resultado do teste mostrou que o comportamento de Suzane representa risco potencial à sociedade por causa da dificuldade que ela tem de avaliar o resultado de seus atos.
A detenta também é apontada como alguém que se preocupa unicamente com as próprias necessidades (egocêntrica e narcisista), sem se preocupar com os outros. Na prática, Suzane não sente culpa ou preocupação com o que ocorreu no passado.
Ela também foi apontada como alguém infantil e que demonstra pouca afetuosidade.
Principais pontos do teste de Roscharc aplicado a Suzane: narcisista – egocêntrica – infantil – imatura – incapacidade autocrítica.
Essa é a segunda vez que Suzane Richthofen faz esse exame. Em 2014, o resultado já apontava características como “egocentrismo elevado, conduta infantilizada, possibilidade de descontrole emocional, personalidade narcisista e manipuladora, agressividade camuflada e onipotência”. No entanto, perfil diferente poderia ser apresentados desta vez, por isso o teste foi aplicado de novo.
Na época, a constatação desfavorável não impediu a detenta de obter progressão do regime fechado para o semiaberto.
Regime aberto
A detenta pleiteia o regime aberto há quase um ano. A defesa dela, representada pela Defensoria Pública, sinaliza que ela já cumpriu o lapso temporal de prisão para ter direito ao benefício.
Suzane já cumpriu mais de um sexto da pena, que é o tempo necessário à progressão. Condenada há 39 anos de prisão, ela já está presa há 16.
Além disso, ela é avaliada pelo sistema prisional como sendo uma detenta com ‘ótimo’ comportamento. A informação consta em atestados emitidos pela direção da penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P2, onde é interna.
A Defensoria foi procurada mas informou que não comentaria o resultado do exame, nem o pedido de regime aberto, porque o processo de Suzane está em segredo de Justiça.
Crime
Suzane foi condenada pela morte dos pais. Manfred e Marísia von Richthofen foram mortos a pauladas enquanto dormiam. O crime foi cometido pelos irmãos Cravinhos, à época namorado e cunhado de Suzane. Ela foi condenada pelo crime por ter sido considerada mentora da ação.
Daniel Cravinhos já cumpre pena no regime aberto. Cristian estava no mesmo regime, mas foi preso neste ano por posse ilegal de munição após confusão em bar em Sorocaba.
Apesar da absolvição pelo novo crime, ele permanece preso por ter violado as restrições do regime aberto.
Fonte: G1