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Uma tentativa de fuga em massa de presos terminou com 21 pessoas mortas na tarde desta terça-feira (10) na região metropolitana de Belém, segundo o governo do Pará. As mortes ocorreram no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), no Complexo Prisional de Santa Izabel. Um grupo armado tentou invadir o local para dar cobertura à ação.
Os mortos são um agente penitenciário, cinco presos e 15 suspeitos de tentar invadir o presídio para apoiar a fuga, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará.
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Pelo menos outros cinco agentes de segurança ficaram feridos. Quatro seguem internados – um deles foi levado para cirurgia e seu estado grave. O número de presos feridos ainda não foi informado.
Autoridades faziam uma revista e recontagem de presos no fim da tarde desta terça. A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) ainda não confirmou se houve fuga de detentos na ação.
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O caso ocorre um dia após uma chacina que deixou 12 mortos na Grande Belém.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em fevereiro de 2018 o presídio tinha 660 presos – acima da capacidade do CRPP III, que é de 432 detentos.
Troca de tiros
Segundo a Segup, um grupo fortemente armado tentou invadir a prisão por volta das 13h para dar apoio à fuga dos presos. Foram utilizados explosivos contra um dos muros do solário do Pavilhão C na tentativa de resgate. Além disso, detentos também tinham armas dentro do presídio, segundo a secretaria.
Segundo a Segup, após o uso de explosivos no Pavilhão C houve “intensa troca de tiros” entre agentes do batalhão penitenciário, parte dos presos que tentavam fugir e o grupo que tentou invadir o presídio.
Ao menos sete armas que estavam com os suspeitos que tentaram invadir o centro de recuperação foram apreendidas: 2 fuzis, 3 pistolas e 2 revólveres.
Buscas
De acordo com a Segup, agentes da Companhia de Operações Especiais da PM foram enviados ao complexo para reforçar a segurança do local. Ainda não foi confirmado se houve ou não fuga de presos.
Buscas pelo grupo que tentou invadir o presídio são feitas desde o início da tarde, segundo a secretaria. O governo também iniciou investigações para identificar que grupos agiram na tentativa de resgate, como houve a entrada de armas e como ocorreu a troca de tiros.
O delegado Rodrigo Leão, diretor da Seccional de Santa Izabel do Pará, está com equipe policial acompanhando a situação, além de duas equipes da Divisão de Homicídios e uma da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Fonte: G1