23 de setembro, 2024

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Tempestade na Líbia deixa mais de 5 mil mortos e 10 mil desaparecidos

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Mais de 5.000 pessoas morreram e pelo menos 10.000 ficaram desaparecidas na Líbia em inundações causadas por uma enorme tempestade no Mediterrâneo que rompeu barragens e destruiu cerca de um quarto da cidade costeira de Derna, a mais atingida pelas chuvas. “Os corpos estão por toda parte – na água, nos vales, sob os edifícios”, disse Hichem Chkiouat, ministro da Aviação Civil e integrante do Comitê de Emergência, criado após as enchentes.

Tempestade na Líbia deixa mais de 2 mil mortes e 10 mil desaparecidos (Foto: Reprodução / redes sociais)

A tempestade Daniel, que atingiu a Líbia no domingo (10), também afetou as cidades de Benghazi, Sousse, Al Bayda e Al-Marj. Derna, com 125 mil habitantes, foi uma cortada ao meio por um rio sazonal e fica próxima de uma barragem que se rompeu com a força das águas. As ruas foram tomadas pela enxurrada, casas foram inundadas, edifícios foram destruídos, carros acabaram virados e moradores foram arrastados.

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A Líbia pediu ajuda internacional para se recuperar da tragédia. Países como os Estados Unidos e a Turquia enviaram aviões com suprimentos para o país africano. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse que equipes de resposta a emergências foram mobilizadas para ajudar no terreno.

Em Derna, Mostafa Salem disse ter perdido 30 parentes. “A maioria das pessoas estava dormindo. Ninguém estava pronto”, afirmou Raja Sassi, que sobreviveu à enchente com sua esposa e filha pequena, mas o resto de sua família faleceu. “No começo pensamos que era uma chuva forte, mas à meia-noite ouvimos uma grande explosão e era o rompimento da barragem”, disse.

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Antes de chegar à Líbia, a tempestade Daniel levou estragos à Grécia, Turquia e Bulgária. A tempestade agora está sobre o Egito. A intensidade das chuvas e do vento diminuiu, mas mesmo assim preocupa as autoridades, que colocaram o país em alerta.

A intensificação do aquecimento global pode levar para a região tempestades cada vez mais poderosas deste tipo: o equivalente no Mediterrâneo a um furacão conhecido como “medicane”. “Há evidências consistentes de que a frequência dos medicanes diminui com o aquecimento climático, mas os medicanes mais robustos tornam-se ainda mais fortes”, disse Suzanne Gray, do departamento de meteorologia da Universidade de Reading, no Reino Unido, citando um relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas.

Fonte: Um Só Planeta

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