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O telescópio espacial Hubble, da NASA, não para de coletar belíssimos registros do Universo. Tal como essa nova imagem, divulgada pela agência espacial norte-americana.
À primeira vista, é possível ver um incrível ponto de luz no canto esquerdo inferior da imagem, que é, na verdade, uma galáxia. Porém, esse está longe de o espetáculo mais surpreendente registrado na fotografia, pois, atrás dela, está um aglomerado de galáxias.
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As galáxias não estão espalhadas de forma aleatória no espaço. Pelo contrário, elas sofrem constante influência da gravidade para se unir e formar aglomerados. Exemplo disso é a nossa Via Láctea, uma das cinquenta galáxias integrantes do Grupo Local, que está inserida no Aglomerado de Virgem que, por fim, compõe o superaglomerado Laniakea com mais de cem mil galáxias.
O aglomerado de galáxias capturado nesta imagem é conhecido por SDSS J0333 + 0651 e os cientistas acreditam que ele poderá ajudar a entender o Universo distante e primitivo.
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Esse aglomerado foi visualizado durante um estudo de formação de estrelas em galáxias distantes, uma tarefa difícil de se resolver com telescópios à distância, visto que as regiões de formação de estrelas geralmente não são tão grandes. Nem mesmo o Hubble, dotado de câmeras mais sensíveis e de maior resolução, é capaz de driblar a situação.
É por isso que astrônomos criaram um truque cósmico: em vez de procurar por regiões de formação de estrelas, eles buscam por aglomerados de galáxias, que têm uma gigantesca influência gravitacional capaz de deformar o espaço-tempo ao redor.
Essa distorção funciona como uma lente que amplia a luz das galáxias (e de suas regiões de formação de estrelas) situadas muito atrás dos aglomerados. Além disso, o método produz arcos alongados que ajudam a observar esses espaços – tal como esse traço visto no topo esquerdo da imagem.
Fonte: Galileu