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Depois de 25 anos em queda, a taxa de mortalidade infantil voltou a preocupar. Segundo o Ministério da Saúde, o índice no Brasil aumentou para 14 mortes a cada 1 mil bebês nascidos vivos.
No estado de São Paulo, uma em cada três cidades registrou aumento da taxa. Em Botucatu, o índice quase triplicou. Em 2014, a cidade teve 4,79 mortes a cada 100 nascidos vivos, índice que saltou para 13,97, alta de 192%.
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Em Botucatu, quase 800 crianças com até um ano de idade morreram nos últimos 10 anos. Somente neste ano foram registradas 48 mortes – 13 delas em julho. Deste total, 10 crianças foram atendidas pelo Hospital das Clínicas (HC) da Unesp e três em um hospital particular.
Segundo a médica pediatra Maria Auxiliadora Macedo, o aumento da mortalidade infantil pode estar ligado à falta de acompanhamento médico e tratamento de doenças.
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“É uma somatória de fatores, e sabemos que a condição da população não anda bem porque o país não anda bem. Em saúde, a coisa mais importante é a prevenção, que neste caso tem de começar na vida intraútero”, explica a especialista.
Em nota, o HC informou que a maternidade é um serviço de alta complexidade referência para 68 municípios da região. Entre as crianças que morreram, seis eram de Botucatu e quatro de outras cidades do Centro-Oeste Paulista. De acordo com o hospital, nenhum bebê morreu durante o trabalho de parto.
Ainda segundo o HC, as mortes foram fruto de óbitos fetais (quando o bebê ainda está na barriga da mãe), óbitos neonatais precoces (quando nasce, mas morre até o 7º dia), choque séptico, câncer e doenças maternas graves, como lúpus.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Botucatu, a cidade conta com um programa de pré-natal, e que os casos de risco são encaminhados ao HC.
A Prefeitura de Botucatu afirmou que também mantém em funcionamento a Clínica do Bebê, que faz o acompanhamento pós-parto, inclusive para pacientes da rede particular.
Fonte: G1