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Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi empossado na manhã deste domingo (1º) como governador de São Paulo pelos próximos quatro anos, após ter sido eleito em 30 de outubro com 13,4 milhões de votos.
O novo governador paulista e o vice, Felício Ramuth (PSD), foram empossados por volta das 9h35 e prestaram o compromisso constitucional em cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
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Em seu primeiro discurso como governador na tribuna do plenário da Alesp, Tarcísio agradeceu à família e também ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por ter apostado no nome dele para representar o bolsonarismo na eleição para o governo de São Paulo.
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Em sua fala, o governador destacou “atenção às demandas populares”, que deve ser o “grande direcionador da ação do estado”.
“A responsabilidade de governar um estado como São Paulo, que, se fosse um país, seria a 21ª economia do mundo e a 3ª economia da América Latina, é enorme. Só não é maior que a motivação de fazer a diferença. Apesar da pujança, temos um estado desigual e a atenção às demandas populares deve ser o grande direcionador da ação do estado.”
Ao agradecer Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente foi “ousado” em lançá-lo candidato. O governador também disse que apostou em “técnicos desvinculados das pressões partidárias” na composição do secretariado, em vez da “indicação irresponsável de dirigentes”, o que classificou de “raiz da corrupção e do fisiologismo”.
“Na política, inicio os agradecimentos ao presidente Jair Bolsonaro, que me lançou esse desafio. E enxergou naquele momento o que ninguém enxergou: quanta ousadia. (…) Houve a aposta em técnicos desvinculados das pressões partidárias. Padrão que estamos reproduzindo em São Paulo. A indicação irresponsável de dirigentes é a raiz da ineficiência, da corrupção, do fisiologismo e desmoralizam a própria democracia.”
O governador destacou também que irá “governar para todos”: “Entendemos o recado das urnas: vamos governar para todos, renovando a esperança de um futuro melhor, percebendo e explorando cada potencial do Estado, apostando na inovação, na tecnologia como arma poderosa para o crescimento e para a melhoria na prestação dos serviços”.
E complementou: “Não somos donos da verdade. Não hesitaremos em dar passos atrás quando necessário, mas estamos extremamente cientes da nossa responsabilidade e comprometido com os acertos”.
Ao assinarem o termo de posse pelas mãos do presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), governador e vice prometeram “cumprir e fazer cumprir a Constituição federal e a do estado, e observar as leis”. O mandato deles termina em 6 de janeiro de 2027.
Antes do juramento, os presentes fizeram um minuto de silêncio em memória de Pelé, morto na última quinta (29) na capital paulista. Tarcísio e Ramuth também receberam uma réplica do Monumento à Bandeira, obra do artista plástico Victor Brecheret.
Participaram da cerimônia na Alesp os parlamentares da Casa e as autoridades estaduais e municipais, como chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e também religiosos e integrantes das Forças Armadas.
Transmissão do cargo
Na sequência, Tarcísio e Ramuth seguiram para o Palácio dos Bandeirantes para a cerimônia de transmissão do cargo e posse dos 25 secretários que farão parte do 1º escalão do governo paulista em 2023.
Aproximadamente 1.500 pessoas foram convidadas para a posse na Alesp, entre deputados federais e estaduais, secretários de estado, presidentes de empresas, prefeitos e vereadores, que terão de passar por aparelhos de Raio-X e detectores de metais.
Tarcísio, que assumirá o governo com um orçamento de R$ 317 bilhões, foi recebido no Bandeirantes por Rodrigo Garcia (PSDB), que lhe entregou o Pavilhão do governador do estado ao novo chefe do Executivo paulista.
No Bandeirantes, empossou seus 25 secretários. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio ainda não definiu se irá morar no local, que é a residência oficial do governador paulista.
O governador foi diplomado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) em 19 de dezembro, junto com seu vice, 94 deputadas e deputados estaduais, 70 deputadas e deputados federais, o senador e seus dois suplentes. A diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral atesta que a candidata ou o candidato foi efetivamente eleita ou eleito pelo povo e, por isso, está apta ou apto a tomar posse no cargo.
Quem é Tarcísio
Tarcísio de Freitas nasceu no Rio de Janeiro e tem 47 anos. Em 1996, se formou em ciências militares pela Academia Militar de Agulhas Negras (Aman) e passou a atuar como oficial do Exército. Em 2002, concluiu a graduação em engenharia civil e tornou-se engenheiro do Exército. Deixou a carreira militar em 2008, com a patente de capitão, e entrou para o funcionalismo público federal.
Tarcísio foi diretor-executivo e diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), além de ter atuado como secretário da Coordenação da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos, durante os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Em dezembro de 2018, foi nomeado ministro da Infraestrutura pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), onde ficou até este ano. Em março de 2022, se filiou ao Republicanos, partido do Centrão que integra a base do governo do presidente no Congresso.
No primeiro turno, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que recebeu 42,32% dos votos no primeiro turno, e Fernando Haddad (PT), que ficou com 35,70%. No segundo, Tarcísio teve 55,27% dos votos, ou 13.480.643 votos. Haddad, 44,73% (10.909.371 votos). Votos nulos foram 6,8% e brancos, 4%. O índice de abstenção foi de 21%.
G1