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O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na noite desta segunda-feira (31) que conversou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e que ele pretende aceitar a derrota para o presidente eleito do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Tarcísio, Bolsonaro recebeu a derrota do pleito deste domingo (30) com tristeza, mas deve fazer um pronunciamento à nação sobre o resultado eleitoral.
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“Falei com o presidente Bolsonaro esta tarde. Ele estava sereno, trabalhando no Palácio do Planalto normalmente. (…) Não sei se ele vai falar hoje ou amanhã. Mas ele vai falar à nação. Ele é a grande liderança da direita que praticamente representa metade da população brasileira, teve 49,1% dos votos. Teve 58 milhões de brasileiros que apostaram no seu projeto”, declarou o governador eleito ao SP2, da TV Globo.
“Obviamente [ele recebeu a derrota] com a tristeza. A pessoa espera um resultado diferente, trabalha por isso. Então, acho que todos nós ficamos tristes com o resultado, mas é o resultado da democracia”, completou.
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Tarcísio de Freitas também afirmou que depois da eleição deve trabalhar com a união do país para trazer prosperidade aos brasileiros.
“Sem dúvida [ele deve aceitar o resultado das urnas]. A vontade das urnas é soberana. Essa nossa democracia é vibrante. Ela é forte e agora é trabalhar com o dia seguinte porque, embora você tenha uma população dividida no campo das ideias, todos são irmãos. E a gente tem que fazer esse país crescer, trabalhar junto, unido e prosperar”, afirmou.
O governador paulista eleito também voltou a dizer nesta segunda (31) que conversou com o vice-presidente eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), e o candidato derrotado Fernando Haddad (PT) para que o quanto antes possa se encontrar com o presidente eleito Lula para tratar de assuntos do estado de São Paulo.
“A ideia é ter uma relação republicana. A gente vai governar para os 46 milhões de paulistas e isso pressupõe um bom entendimento com o governo federal”, declarou.
Formação do secretariado para governar
Mais cedo, em entrevista ao SP1, Tarcísio de Freitas disse que irá montar um secretariado novo e não pretende aproveitar nomes da atual gestão tucana ou ministros do governo Jair Bolsonaro (PL).
“Em termos de secretariado, a gente deve ter um secretariado todo novo”, afirmou em entrevista.
Ele também declarou que não planeja incorporar ministros do atual governo de Bolsonaro na sua gestão.
“Hoje eu não tenho isso no radar [trazer ministros do Bolsonaro para serem secretários]. Nós vamos, obviamente, discutir ao longo do tempo. O que eu vou procurar são os melhores quadros com conhecimento do estado de SP, com conhecimento dos problemas de SP, para montar um secretariado muito técnico, capaz de dar as respostas que os cidadãos estão precisando.”
Questionado sobre as prioridades, Tarcísio disse não ter definido ainda qual será o primeiro ato de sua gestão, que terá início em janeiro de 2023.
“Ainda não sei. Nós vamos estudar uma série de medidas para os 100 primeiros dias. Não vou dizer qual vai ser exatamente o primeiro ato. A gente vai atuar muito no campo tributário, no campo da diminuição da carga tributária.”
Transição de governo
Rodrigo Garcia e Tarcísio indicaram, nesta segunda (31), os responsáveis pela transição de governo.
O atual governador escalou Marcos Penido, secretário de governo. Já Tarcísio, indicou o empresário Guilherme Afif Domingos, que foi responsável pelo plano de governo, para a função. Afif também foi assessor especial do ministro da Economia Paulo Guedes.
Durante a transição, Penido deverá fornecer à nova equipe os detalhes referentes ao orçamento do estado e os investimentos em andamento.
Segundo dados da atual administração, ao todo, são cerca de 8 mil obras, incluindo projetos de mobilidade e saneamento.
Marcos Penido fica responsável por apresentar os dados sobre as concessões em andamento e de projetos como, por exemplo, o PEI (Programa de Ensino Integral) e o Bolsa do Povo, projeto de transferência de renda.
Mais cedo, em entrevista a jornalistas, Tarcísio de Freitas disse que irá tirar uns dias de descanso para, na volta, iniciar a transição.
“Primeiramente, a gente vai tirar um tempo para descansar, pensar naquilo que a gente vai fazer, nos primeiros passos. Vou montar a nossa equipe de transição. Basicamente, essa equipe vai ser constituída por pessoas que vinham trabalhando na elaboração do plano de governo.”
Fonte: G1