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Duas testemunhas e suspeitos do envolvimento da morte de Daniel afirmaram que o jogador foi morto na caçamba da camionete do autor confesso do crime, Edison Brittes. O jogador teria sido retirado da casa da família Brittes ainda com vida, levado até a área rural de São José dos Pinhais e lá acabou sofrendo as mutilações e a morte.
Nos depoimentos ouvidos pelo delegado, Amadeu Trevisan, Ygor King, de 19 anos, e David Willian da Silva, de 18 anos, disseram que não participaram da morte, mas que estavam no veículo durante o ocorrido. Os dois falaram por cerca de duas horas e meia, segundo a Polícia Civil.
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Segundo eles, após Daniel ser flagrado na cama com a esposa de Edison e ter sido espancado na casa, Edison ordenou que ambos e também Eduardo Henrique da Silva, primo de Cristiana Brittes, entrassem no carro para decidir o que fazer com o jogador. Eles foram até a área rural, quando Edison e Eduardo teriam descido do carro e foram até a caçamba do veículo, onde Daniel foi morto com uma faca. Seu corpo foi jogado poucos metros de distância de onde a camionete estacionou
Em depoimento, Edison assumiu o crime sozinho e afirmou que nenhuma outra testemunha havia participado do crime. O primo de Cristiana foi preso preventivamente em Foz do Iguaçu, onde mora, e deve chegar a São José dos Pinhais nesta sexta-feira. Seu depoimento está previsto para o início da semana.
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– Os dois estavam no carro e não vêem tudo que acontece no porta-mala do carro. Disseram que ficaram com medo, porque o Edison disse que se vissem algo, eles teriam o mesmo fim. (O Daniel) estava vivo no momento, pois foram ouvidos gemidos, depois um som como se tivesse sido estrangulado, disse o delegado.
A Polícia Civil depende de laudos para saber se o jogador foi torturado antes ou depois de sua morte.
Segundo o delegado, após o crime, Edison saiu com as roupas manchadas de sangue e voltou para a cidade de São José dos Pinhais, parou em frente a uma loja e pediu para que um dos rapazes comprasse uma nova roupa. A outra roupa foi jogada dentro de um rio onde também foi jogado a faca utilizada no crime.
A Polícia Civil ainda deve ouvir a esposa de Eduardo, que está em Foz do Iguaçu e deve se deslocar até São José dos Pinhais para prestar depoimento. O delegado descartou ouvir Edison novamente, mas disse que deve ouvir Ygor e David novamente na próxima semana.
Além de Edison Brittes, a polícia mantém presa preventivamente sua esposa Cristiana Brittes, 35 anos, e a filha Allana Brittes, 18 anos, ambas suspeitas de presenciar o espancamento de Daniel e coagir testemunhas. Segundo o delegado, a família Brittes e também Ygor, Eduardo e David serão acusados de homicídio qualificado.
Fonte: G1