19 de setembro, 2024

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Suspeito de suposta tentativa de assassinato contra Trump ‘não atirou’, diz Serviço Secreto

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O homem suspeito de uma aparente tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA Donald Trump não disparou a arma contra o ex-presidente republicano ou contra os agentes de segurança, informou, nesta segunda-feira, o Serviço Secreto americano. Ryan Wesley Routh, que está preso desde domingo, quando tentou escapar dos agentes nos arredores do campo de golfe de Trump onde ocorreu o incidente, foi indiciado por dois crimes relacionados à posse ilegal de arma de fogo, e o secretário de Justiça americano, Merrick Garland, prometeu empregar “todos os recursos disponíveis” na investigação.

— Ele não atirou ou fez qualquer disparo contra nosso agente — disse aos jornalistas o diretor interino do Serviço Secreto, Ronald Rowe, defendendo o trabalho de todos os agentes envolvidos na prisão de Routh. — Ontem foi uma operação confidencial, e nem mesmo se supunha que o presidente fosse lá, não estava na sua agenda oficial. Então, montamos um plano de segurança e esse plano de segurança funcionou perfeitamente.

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A polícia federal americana (FBI) está entrevistando vários agentes que estavam no clube de golfe, sete testemunhas, além de familiares, amigos e ex-colegas para obter mais informações sobre o suspeito. De acordo com o xerife Ric Bradshaw, “o nível de segurança em Mar-a-Lago é o mais alto que pode haver”.

De acordo com representantes do Departamento de Justiça, Routh foi indiciado pelos crimes de posse de arma com o número de série raspado e posse de arma apesar de ter uma condenação judicial. Os dois crimes, juntos, podem acarretar até 20 anos de prisão. Ele compareceu a um tribunal na Flórida, estado onde houve o incidente, usando uma roupa de presidiário e respondeu as perguntas do juiz apenas com “sim”, “não” e acenos de cabeça. O suspeito ainda declarou não ter meios para custear a própria defesa, e uma defensora pública lhe foi designada.

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Ryan Wesley Routh após ser preso por policiais na Flórida, após tentativa de ataque contra Donald Trump (Foto: Escritório do xerife do Condado de Martin)

Na tarde de domingo, quando Trump jogava uma partida de golfe em um de seus campos em West Palm Beach, na Flórida, agentes do Serviço Secreto, responsáveis pela segurança do ex-presidente, identificaram o que parecia ser o cano de um fuzil em um arbusto, a cerca de 400 metros do republicano. Foram efetuados disparos na direção do suspeito, que fugiu por uma rodovia próxima — segundo a CNN, uma testemunha se aproximou da equipe de segurança e mostrou uma foto da placa do veículo onde Ryan Wesley Routh estava.

Nesta segunda, o candidato republicano à Casa Branca atribuiu a tentativa de um novo ataque contra sua vida — em julho, ele foi ferido na orelha direita por um tiro em um comício na Pensilvânia — à “retórica” da vice-presidente e rival em novembro, Kamala Harris.

— Ele [Ryan Wesley Routh] acreditou na retórica de Biden e [Kamala] Harris e agiu de acordo com ela — disse Trump, em entrevista à Fox News. — A retórica deles está fazendo com que eu seja baleado, quando sou eu quem vai salvar o país, e eles são os que estão destruindo o país, tanto de dentro quanto de fora.

Dados do telefone celular do suspeito mostram que ele permaneceu por cerca de 12 horas nas áreas próximas ao campo de golfe: segundo as informações apresentadas ao tribunal, Routh chegou ao local à 1h59 da manhã de domingo, até ser visto por um agente do Serviço Secreto às 13h31. A informação deve jogar mais pressão sobre as forças de segurança, que não conseguiram localizar uma ameaça ao ex-presidente nas varreduras realizadas antes de sua chegada ao campo.

Embora pareça claro que se tratou de uma tentativa de atacar Trump em um de seus momentos mais vulneráveis, quando está jogando golfe, os investigadores dizem que a distância em relação ao alvo e as circunstâncias do incidente podem dificultar uma acusação do tipo.

Ryan Wesley Routh, de 58 anos, não tem histórico junto às Forças Armadas, mas usava uma retórica violenta: em uma publicação em suas redes sociais, disse que estava disposto a morrer na Ucrânia. Em uma entrevista ao New York Times, de 2023, disse ter ido ao país europeu para ajudar nos esforços de guerra e que queria recrutar soldados do Afeganistão para lutar contra as forças russas. No pedido de indiciamento apresentado nesta segunda-feira, os promotores citam duas condenações: uma por “posse de arma de morte e destruição em massa”, em 2002, e outra por “posse de bens roubados”, de 2010. Registros judiciais da Carolina do Norte trazem, ainda, citações sobre processos por atraso no pagamento de impostos e emissão de cheques sem fundos.

Após o incidente de domingo, Biden disse que “graças a Deus [Trump] se encontra bem” e pediu “mais ajuda” para o Serviço Secreto, incluindo a contratação de novos agentes. Nesta segunda-feira, sem citar a menção de Trump a ele, o presidente disse que “não há lugar para violência política nos EUA”, e que no país se resolvem as “diferenças pacificamente nas urnas, não na ponta de uma arma”.

— [A violência política] não resolve nada. Só despedaça o país. Temos que fazer tudo o que pudermos para evitar isso e nunca dar oxigênio a ela — disse Biden. No domingo, Kamala disse ter sido informada sobre o ataque, expressou sua consternação e afirmou que a “violência não tem lugar nos EUA”.

Fonte: G1

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