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A Polícia descobriu que o segurança Michel Flor da Silva, de 28 anos, suspeito de estuprar e matar a estudante de Mogi das Cruzes Rayane Paulino Alves (foto), de 16 anos, comentou uma publicação sobre o caso ainda quando a jovem estava desaparecida. No post feito pela mãe de Rayane e compartilhado por um amigo do suspeito, ele diz “mano, ví várias publicações dela, falaram que acharam o celular dela em Jacareí”.
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Para a polícia, ele tentava um álibi. Isso porque outra pessoa respondeu ao comentário dele: “Nossa tão perto daqui. Deus cuide para que ela seja encontrada”, e o suspeito completou, citando Rayane como se ela estivesse viva: “Já até falaram que viram ela em São José”.
A publicação da mãe da jovem alcançou até esta quinta-feira (1º) quase 51 mil compartilhamentos e mais de 6 mil comentários.
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A Polícia divulgou ainda trechos do depoimento de Michel Flor da Silva, que ele prestou à polícia na madrugada desta quarta-feira (31). Ele contou que teve relações sexuais com a adolescente dentro do carro dele, em Jacareí, e que depois ela teria se arrependido.
Segundo ele, os dois discutiram, ele deu um golpe nela e achou que Rayane tinha morrido. “Eu não sabia se socorria ou se jogava o corpo. Eu fui ver e ela estava bem sem respiração e e batimento cardíaco. Acabei finalizando com o cadarço”, conta.
Para chegar até o suspeito, a polícia rastreou o celular da adolescente e teve acesso a imagens das câmeras de segurança de Guararema, onde Rayane aparece com o suspeito.
Uma caneta esquecida por Michel no local onde o corpo da adolescente foi encontrado, também foi fundamental para montar o quebra-cabeça. Ele foi preso na casa dele e encaminhado à cadeia pública de Mogi.
Michel vai responder por estupro e homicídio quatruplamente qualificado: motivo torpe, impedir defesa da vítima, asfixia e por ocultar a vantagem de outro crime, que seria o estupro.
O caso
Na noite de sábado, 20 de outubro, Rayane Paulino foi a uma festa em um sítio de Mogi das Cruzes na companhia de mais duas amigas. O pai dela a deixou na casa de uma delas.
Para as amigas, Rayane teria dito que precisava ir embora mais cedo e que o pai viria buscar, mas isso não aconteceu.
Por volta das 5h de domingo dia 21, os pais perceberam que a filha ainda não tinha ligado e acharam estranho. Eles contam que tentaram contato com ela, mas não conseguiram.
Na segunda-feira (22), os pais espalharam vários cartazes pela cidade com fotos de Rayane e o telefone deles para contato. A família da jovem conta que ela não tinha namorado e que sempre teve o costume de avisar onde e com quem estava.
Na última semana, após a polícia localizar o celular que pertencia à jovem na altura do km 170 da Rodovia Presidente Dutra, em Jacareí, cães farejadores fizeram buscas em uma região de mata no entorno do local. Os animais chegaram a indicar que o corpo da jovem poderia estar em um lago.
Diante desta possibilidade, equipes do Corpo de Bombeiros e mergulhadores de Jacareí fizeram as buscas, mas informaram que não encontraram qualquer vestígio de que a jovem estaria por lá.
Houve buscas ainda no bairro Bela Vista, em Jacareí, com o apoio do helicóptero Águia, depois de uma denúncia. Mas o corpo, em avançado estado de decomposição, foi encontrado apenas no domingo (28) em Guararema.
A mãe fez o reconhecimento no dia seguinte, no Instituto Médico Legal (IML) de Mogi das Cruzes, com base na cor do esmalte e em uma tornozeleira.
Fonte: G1