26 de novembro, 2024

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Summit: o supercomputador mais poderoso do mundo que acaba de entrar em operação

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Mal entrou em funcionamento e já está sendo chamado de o supercomputador mais poderoso do mundo. Esse é o Summit, que é duas vezes mais rápido do que o chinês Sunway TaihuLight, tido até então como que a máquina mais veloz do planeta.

Desenvolvido nos Estados Unidos por meio de uma parceria entre a IBM e a Nvidia, o Summit, que fica no Laboratório Nacional de Oak Ridge, no Tenessee, o supercomputador tem capacidade para 200 quatrilhões de cálculos por segundo.

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É composto por fileiras de servidores do tamanho de geladeiras que, juntos, pesam 340 toneladas e ocupam uma área de 520 m² — o equivalente a duas quadras de tênis. O Summit está conectado com mais de 300 quilômetros de cabos.

O computador trabalha como um monstro sedento que consome mais de 4 mil galões de água a cada minuto para manter seu sistema de refrigeração funcionando.

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Segundo os criadores, a máquina é tão eficiente que já funcionava enquanto ainda estava sendo montada.

“Imagine dirigir um carro de corrida enquanto trocam os pneus”, disse Thomas Zacharia, diretor do laboratório onde a supermáquina foi montada.

A princípio, o computador será usado para criar modelos científicos e fazer simulações baseadas em inteligência artificial e automatização de padrões para acelerar descobertas em áreas como saúde, energia, desenvolvimento de materiais e astrofísica.

Summit está conectado a 300 quilômetros de cabos (Fotos: Divulgação/Summit)

Superpoderes

  • 200 quatrilhões de cálculos em um segundo. Se uma pessoa consegue fazer um cálculo por segundo, levaria 6,3 bilhões de anos para calcular o que o Summit executa em um piscar de olhos.
  • Se os 7,4 bilhões de habitantes do mundo fizessem um cálculo por segundo, demoraria 305 dias para realizar uma operação que para o Summit é instantânea.
  • O sistema de armazenamento do Summit é capaz de armazenar 250 petabytes de dados, o que equivale a 74 milhões de anos de vídeo de alta definição.

Veja como o poderoso “cérebro” do Summit poderá ajudar a conseguir avanços nessas áreas:

1. Astrofísica

O Summit vai permitir simular cenários de explosões de estrelas mil vezes maiores que as que vinham sido recriadas até agora. Também vai poder rastrear 12 vezes mais elementos que os atuais projetos.

Pesquisadores esperam conseguir coletar pistas sobre como elementos pesados, incluindo ferro e ouro, se formaram na Terra.

O supercomputador vai permitir explorar o espaço por meio de simulações de explosões de estrelas (Foto: Divulgação/Summit)

2. Materiais

Entender como as partículas subatômicas se comportam é um conhecimento tido como chave no desenvolvimento de novos materiais para produzir, armazenar e transformar energia.

O Summit promete multiplicar por 10 a capacidade de simulação desses comportamentos, o que deve acelerar a descoberta de materiais que podem conduzir energia de forma mais eficiente.

Descobrir materiais para a condução de energia de uma forma mais eficiente e econômica é um dos desafios para o Summit (Foto: Divulgação/Getty Images)

3. Acompanhamento do câncer

Médicos e cientistas usam ferramentas automatizadas para extrair, analisar e classificar informações na tentativa de identificar fatores relacionados ao câncer, como genes, características biológicas e meio ambiente.

O Summit ajudará a cruzar essas informações com relatórios e imagens de diagnósticos. Assim, ajudará a obter um panorama mais completo da população que sofre de câncer, com um nível de detalhe que normalmente só se obtém de pacientes que fazem parte de pesquisas clínicas.

Há expectativa que o supercomputador use sua potência para ajudar a descobrir a causa de diferentes doenças (Foto: Divulgação)

4. Biologia

O Summit usará inteligência artificial para analisar dados com informação genética e biomédica.

A ideia é que, por meio dos cálculos feitos pelo supercomputador, pesquisadores consigam identificar padrões de comportamento das células humanas.

Essa análise de informações em grande escala pode ajudar a entender melhor algumas doenças, como o Alzheimer, e também a compreender fatores que levam à toxicodependência.

Fonte: BBC

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