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A tão aguardada entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que blindará definitivamente o norte da Europa de ameaças da Rússia, não deve ocorrer pelo menos até o fim do ano.
Nesta quarta-feira (12), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o Parlamento turco só poderá ratificar a adesão do país nórdico depois de outubro – pelas regras da Otan, o Legislativo de cada um dos 31 países membros da aliança militar devem votar e aprovar a entrada de um novo membro.
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Nesta semana, em uma reviravolta, Erdogan anunciou que apoiará a candidatura sueca à aliança militar do Ocidente. Até então, seu país era o único entre os 31 membros da Otan contra a entrada da Suécia, com o argumento de que Estocolmo deu asilo, nos últimos anos, a membros do PKK, o partido nacionalista curdo que Ancara considera terrorista.
Erdogan chegou a exigir que a devolução desses refugiados, o que o governo do país nórdico negou. Por isso, o líder turco vinha resistindo à ideia da entrada da Suécia na Otan – pela regra da aliança militar, um novo país só pode entrar no grupo por unanimidade de todos os Estados membros.
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O Parlamento turco não poderá ratificar a adesão da Suécia à Otan antes de outubro devido ao recesso de verão do Congresso, disse o presidente Recep Tayyip Erdogan nesta quarta-feira (12).
“Há dois meses de recesso parlamentar, e depois haverá muitas propostas legislativas que serão discutidas por ordem de importância”, declarou o presidente turco, respondendo a um jornalista que lhe perguntava se a adesão poderia ser ratificada em outubro.
Erdogan encerrou, na última segunda-feira, 14 meses de bloqueio ao suspender seu veto à incorporação da Suécia à aliança militar.
O chefe de Estado advertiu, no entanto, a Estocolmo que não deveriam se produzir novas ofensas ao Alcorão: “Esperamos da Suécia que não se tolere mais ataques contra o Alcorão, que ofendem mais de 2 bilhões de muçulmanos em todo o mundo”, apontou.
Nos últimos dois meses, indivíduos queimaram exemplares do Alcorão na Suécia em duas ocasiões, a última no final de junho, ações quer Erdogan classificou como “terroristas”.
Fonte: Agências