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Um fosso está sendo cavado ao redor de um lixão no Sri Lanka para impedir que elefantes invadam o local à procura de comida entre montes de resíduos plásticos.
Os animais vão regularmente até o local, que fica perto de um santuário de vida selvagem na cidade de Ampara, no oeste do país.
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Junto com restos de comida, eles consomem plástico, o que os mata lentamente, dizem as autoridades.
Imagens dos elefantes vasculhando os resíduos em Ampara chocaram os ambientalistas.
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O plástico proveniente de lixões é um assassino conhecido dos 7,5 mil elefantes selvagens que existem no país.
O lixão em Ampara foi criado há cerca de uma década, perto de uma zona de proteção que abriga cerca de 300 elefantes.
O governo do Sri Lanka tem procurado proteger estes e outros animais selvagens ao proibir a importação da maioria dos produtos feitos com plástico.
Em Ampara, cercas elétricas foram instaladas ao redor do lixão para manter os elefantes afastados.
Mas não funcionaram, levando o governo a cavar um fosso ao redor da área.
Apesar disso, os moradores locais dizem não acreditar que o plano do governo vá funcionar.
“Não há um sistema adequado para lidar com os elefantes”, disse P. H. Kumara, membro de um coletivo agrícola local, à agência de notícias Reuters.
Em 2019, 361 elefantes morreram no Sri Lanka, de acordo com grupos ambientalistas. A maioria foi morta por pessoas.
Foi o maior índice desde que o Sri Lanka se tornou independente em 1948, disseram conservacionistas.
Matar elefantes é ilegal no país. Os animais são reverenciados, mas alguns fazendeiros os veem como pragas.
Em busca de comida, eles entram muitas vezes em conflito com comunidades rurais, como as de Ampara.
“Os elefantes selvagens que vão para o lixão ficam por ali dia e noite”, disse Kumara.
“Eles vão para as aldeias vizinhas e prejudicam os moradores, ao invadir suas propriedades e terras agrícolas. O resultado final é que o conflito entre o homem e elefantes piora, e perdemos elefantes, que são um patrimônio nacional.”
Fonte: BBC