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A SpaceX, empresa de foguetes do bilionário Elon Musk, conseguiu repetir manobra em que o foguete Super Heavy, usado para impulsionar a Starship, pousa na plataforma de lançamento, mas perdeu o contato com a nave durante a 7° missão da Starship realizada nesta quinta-feira (16) pouco depois das 19h30 (horário de Brasília).
Houve uma desmontagem não programada da Starship relacionada aos motores durante o lançamento, mas as investigações sobre a perda de contato com a nave continuam, segundo publicação da SpaceX no X.
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“Essa era uma nova versão da Starship. A intenção do teste era entender os limites para a habilidade desse veículo voar e entender onde estão esses limites. Sempre soubemos que a empolgação seria garantida hoje. O sucesso não é garantido”, afirmou Kate Tice, gerente sênior de engenharia de qualidade da SpaceX, durante a transição da missão.
A missão, assim como todas realizadas até agora com a Starship, não era tripulada.
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Essa é a primeira vez que uma missão com a Starship tenta um exercício de implantação de satélites. A nave está levando 10 réplicas em escala real dos satélites da Starlink, serviço de internet da SpaceX.
Segundo a empresa de Musk, a maior nave do mundo passou por várias mudanças para o 7° voo, incluindo uma redução dos flaps dianteiros, ajustes no sistema de propulsão e melhorias nos componentes eletrônicos da nave.
Nesta missão, a nave tem um computador de voo e sensores mais potentes, além de novas câmeras. Segundo a SpaceX, os engenheiros terão mais de 30 ângulos do veículo espacial durante o voo.
Mechazilla has caught the Super Heavy booster! pic.twitter.com/aq91TloYzY
— SpaceX (@SpaceX) January 16, 2025
Esse tipo de manobra pode baratear os voos espaciais.
Como foram os outros testes?
No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete.
No segundo, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A Administração Federal de Avião dos EUA (FAA, na sigla em inglês) investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave.
O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste.
O quarto voo aconteceu em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado.
Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos “braços da plataforma” e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia.
No sexto teste, em novembro de 2024, a SpaceX não conseguiu fazer com que o foguete Super Heavy (propulsor da Starship) retornasse para a plataforma de lançamento, como aconteceu no mês anterior.
O foguete acabou pousando no Golfo do México poucos minutos depois do lançamento, o que estava previsto caso não houvessem condições ou o comando específico do diretor da missão para repetir a manobra. A nave pousou no Oceano Índico cerca de uma 1h depois de decolar.
Esse lançamento foi acompanhado em tempo real pelo presidente eleito dos EUA Donald Trump, que assistiu à missão do local do lançamento, a base da SpaceX em Boca Chica, no Texas, nos Estados Unidos, com Elon Musk.
Trump anunciou que o bilionário vai liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental durante o seu mandato, que começa na segunda-feira (20).
Fonte: G1