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O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, disse nesta segunda-feira (5) que o estado deve permanecer na fase vermelha da quarentena, caso a fase emergencial não seja novamente prorrogada.
“Infelizmente os dados apontam para uma necessidade de manutenção da fase vermelha”, afirmou Gabbardo em entrevista ao Bom Dia SP nesta segunda-feira (5).
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Em vigor desde o dia 15 de março, a fase emergencial, a mais restritiva do plano de flexibilização econômica estadual, foi prorrogada até o dia 11 de abril.
De acordo com Gabbardo, a decisão sobre a mudança ou manutenção de fase será definida pelos 21 membros do Centro de Contingência ao longo desta semana.
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“Os números não são números que nos deem algum otimismo em relação a flexibilizar ou sair da fase vermelha”, defendeu o médico.
Segundo ele, após seis semanas de alta, no último sábado (3) houve uma pequena queda no número de novos casos e internações, mas as mortes continuam em alta.
“A gente acredita que até o final dessa semana os números podem ser melhores, mas a fase ainda é muito difícil, números muito elevados, ainda estamos passando pela pior fase da pandemia, sem nenhuma dúvida”, afirmou o coordenador do Centro de Contingência.
Abril ‘ainda pior’, diz secretário municipal da Saúde
Para o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, em abril a escalada de mortes por Covid na capital paulista deve continuar acelerada. “Nossos técnicos avaliam um mês de abril ainda pior”.
Segundo ele, o isolamento melhorou durante o recesso mas o reflexo do feriado estendido será sentido apenas daqui a 15 dias. “A Prefeitura tem toda uma medição bastante rigorosa que é o número de movimentação nas catracas de ônibus, o registro de trânsito pelos automóveis particulares pelos radares e também as notas fiscais emitidas nos comércios. É possível verificar que durante essa semana, houve uma redução grande de mobilidade”.
O secretário informou que neste domingo (4) houve uma pequena queda na taxa de ocupação dos leitos na cidade de São Paulo, e foi de 92% para 90% no leitos de UTI, e de 88% para 84% em enfermaria.
“Mas são taxas altíssimas e temos que fazer com que a gente consiga segurar a transmissibilidade na cidade”, disse Aparecido.
Fonte: G1 – Imagem de Engin Akyurt por Pixabay