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A Sony confirmou nesta terça-feira (8) que seu próximo console de videogames se chamará, de fato, “PlayStation 5”. Em uma publicação no blog oficial da PlayStation, a empresa também confirmou o que já havia sido antecipado pela Wired: o PS5 será lançado no final de 2020.
Jim Ryan, chefe da divisão de gaming da Sony, e Mark Cerny, que lidera a equipe de arquitetura da Sony para o novo console, aproveitaram para confirmar alguns outros detalhes que, desde a revelação do projeto em abril de 2019, ficaram relativamente ambíguos. Um desses pontos é a questão da tecnologia ray tracing, uma tendência da indústria e que a nova geração de consoles promete ter. Os executivos temiam que os usuários tivessem entendido errado o anúncio feito em abril, atribuindo o ray tracing do PlayStation 5 a algum tipo de ferramenta emulada via software e, consequentemente, não real. “Haverá aceleração gráfica de ray tracing dentro da GPU. Creio que essa era a afirmação que as pessoas estavam procurando”, confirmaram.
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Ryan também falou das qualidades do SSD que o PlayStation 5 usará, detalhando sua eficiência como seu maior destaque. Um disco rígido (HDD) normal, por padrão, duplica certos aspectos de dados a fim de acelerar a leitura. O problema é que essa duplicação é cumulativa. No caso do PS5, isso não será um problema, haja vista que o SSD vai eliminar essas duplicidades e acelerar o tempo de leitura. Foi isso, por exemplo, que fundamentou o teste de alguns meses atrás, quando a Sony demonstrou o tempo de loading de Marvel’s Spider-Man no PlayStation 4 Pro (HDD) e no protótipo do PlayStation 5 (SSD). A diferença foi gritante.
Para Cerny, isso abre uma maior possibilidade criativa para desenvolvedores: alguns podem escolher usar essa vantagem para construírem mundos mais detalhados, enquanto outros podem encolher o tamanho de atualizações e patches. O PlayStation 5, informou o executivo à Wired, rodará seus jogos em discos ópticos de dados de 100 GB de capacidade, dentro de um drive Blu-Ray 4K de definição.
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A instalação dos jogos, porém, deve ser diferente: para começar, ela será obrigatória para todo e qualquer título do novo console. Mais além, o PlayStation 5 permitirá uma análise mais aprofundada dessa instalação: “Ao invés de olharmos para um jogo como um único bloco gigante de dados, vamos permitir ao usuário um acesso mais metódico a ele”, explicou Cerny.
Segundo a Wired, isso pode significar funções inovadoras, como por exemplo um usuário optar por instalar apenas a campanha principal (single player) de um jogo, deixando quaisquer outros componentes para depois. Vale citar: algo similar já existe no PlayStation 4, mas com diversas limitações. Alguns jogos exibem uma quantidade mínima de dados a serem instalados antes do software ser executável. Entretanto, a instalação não é particionada da forma que Cerny menciona para o próximo console. Na geração atual, você teria acesso a uma ou outra opção do jogo, mas ele travaria eventualmente, exigindo que o restante da instalação fosse completada.
Batman: Arkham Knight, da Rocksteady, é um exemplo claro disso: ele “exige” apenas um quarto da instalação para rodar no console, mas, com isso, você só avança até os primeiros momentos da história do jogo. Depois disso, ele retorna ao menu principal e pede pela instalação completa. No PS5, isso parece ir mais além, dando a você uma maior escolha sobre quais dados disponibilizar primeiro para a sua experiência.
O controle
O post oficial no blog da PlayStation confirma detalhes que a Wired também publicou em sua matéria. O joystick do PlayStation 5 (que, justiça seja feita, ainda não sabemos se vai ser chamado de “DUALSHOCK 5”, embora isso seja esperado) deve ter um visual relativamente similar à geração atual, mas com inovações exclusivas.
Uma delas é a adoção do sensor háptico de toque. “Vamos substituir a função ‘rumble’, presente nos controles desde a quinta geração de consoles. Com o retorno háptico, você realmente sente uma gama maior de percepções, então bater com um carro em uma parede terá um retorno muito diferente do que, digamos, um jogador se chocar e derrubar o outro em um campo de futebol americano”, diz o post. “Você poderá até mesmo ter sensações variadas de texturas quando caminha por campos de grama ou se arrasta na lama”.
A segunda mudança é o que a Sony chama de “gatilhos adaptáveis”:
“Nós os incorporamos nos botões L2 e R2. Os desenvolvedores poderão programar a resistência dos gatilhos para que o jogador tenha a sensação tátil de puxar a linha de um arco (para disparar a flecha) ou acelerar um veículo off road por um terreno rochoso. Combinando isso com o sensor háptico, podemos produzir uma experiência poderosa que melhor estimula várias ações. Os criadores dos jogos já começaram a receber versões primárias do novo controle, e mal podemos esperar para vermos o que a imaginação deles vai trazer com essas funções à disposição”.
E quanto ao design?
Essa parte ainda segue em segredo. A Wired teve acesso a demonstrações jogáveis em um kit de desenvolvimento que, diz a revista, é bastante parecido com aquele que o Canaltech reportou na última semana — aquele da patente brasileira. Entretanto, a Sony recusou-se a comentar sobre potenciais visuais, uma vez que o kit de desenvolvimento e o produto na prateleira podem diferir bastante — estamos a mais de um ano do lançamento do console, afinal.
Por ora, é o que a Sony tem a compartilhar. Imaginamos que novos detalhes devem emergir ao início do ano que vem, quando a fabricante japonesa terá eventos próprios marcados e, segundo rumores, seriam dedicados ao novo console.
O preço deve girar em torno de 400 euros. Mas ainda não há uma confirmação oficial.
E você? Empolgado com o PlayStation 5? Conte para nós o que achou nos comentários!
Fonte: Yahoo!