20 de dezembro, 2025

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Situado no Brasil, maior berçário de tartarugas do mundo registra 60 mil filhotes no início da temporada

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No Vale do Guaporé, em Rondônia, onde fica o maior berçário natural de tartarugas do mundo, a temporada de eclosão começou melhor do que no ano passado. Entre os dias 11 e 15 de dezembro, cerca de 60 mil filhotes de tartarugas-da-amazônia, tracajás e outros quelônios já haviam nascido nas praias monitoradas, segundo o Ibama. Um alívio após 2024, quando a região registrou queda de 70% nos nascimentos.

O número ainda é parcial. O Ibama estima que o pico da eclosão ocorra nas próximas semanas, com o processo se estendendo até o fim de dezembro e o início de janeiro. Só então será possível fechar um balanço mais preciso da temporada. No último domingo (14), Ibama, a Ecovale e o Grupo Energisa marcaram a abertura simbólica do período com a soltura dos filhotes resgatados nos berçários naturais do rio.

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Berçário de quelônios no Vale do Guaporé (RO) é o maior do mundo. (Foto: Divulgação/ Energisa)

O clima, no entanto, segue atrapalhando. Em 2025, a desova ocorreu mais tarde do que o habitual. O Rio Guaporé demorou a baixar, reduziu a formação de faixas de areia e empurrou o início da postura para o fim de outubro, quando o normal seria entre setembro e o começo de outubro. Resultado: atraso também na eclosão. “As eclosões eram esperadas para o início de dezembro, mas só começaram na segunda quinzena”, explica o biólogo José Carrate, do Grupo Energisa.

A Energisa apoia o programa com suporte logístico e fornecimento de energia à base da Ecovale, por meio de painéis fotovoltaicos, assegurando a infraestrutura necessária para a atuação de fiscais comunitários e órgãos ambientais. A energia também viabiliza o acesso à internet, permitindo comunicação em tempo real em caso de qualquer distúrbio nas áreas de desova das tartarugas.

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Tartaruguinhas recém-nascidas — Foto: Divulgação/Energisa
Tartaruguinhas recém-nascidas (Foto: Divulgação/Energisa)

Apesar disso, o cenário é visto com cauteloso otimismo. O coordenador da Ecovale, José Soares, afirma que a concentração de ninhos nos berçários monitorados aumentou e que a expectativa é superar os números do ano passado. “As condições climáticas ainda interferem, provocam atrasos e algumas perdas, mas nossa expectativa é não registrar grandes prejuízos neste ano”, diz.

Com quase quatro décadas de atuação, o Projeto Quelônios do Guaporé virou programa oficial em 2011, diante da importância do manejo dessas espécies na Amazônia. Segundo o superintendente do Ibama em Rondônia, César Luiz da Silva, a iniciativa foi decisiva para evitar o colapso populacional causado pelo consumo e pela predação humana. “Hoje a população se mantém estável graças ao programa”, afirma. Distribuídas ao longo de cerca de 30 quilômetros do rio, sete praias, sendo cinco no Brasil e duas na Bolívia, formam esse que é considerado o maior berçário de quelônios do planeta.

Fonte: Um Só Planeta

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