26 abril, 2024

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Sessão do Conselho de Ética tem briga e empurrões

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Em uma sessão tensa do Conselho de Ética da Câmara, os deputados Zé Geraldo (PT-PA) e Wellington Roberto (PR-PB) quase partiram para a agressão física nesta quinta-feira (10) durante uma discussão que começou sobre o painel de registro de presença e se agravou quando foi mencionado um requerimento para pedir o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Eles tiveram que ser apartados por parlamentares e chegaram a ser separados por seguranças.

A sessão chegou a ser suspensa por alguns minutos. Após a confusão, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) foi anunciado oficialmente como novo relator do processo que investiga Cunha.

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A briga ocorreu um dia após o colegiado ter outra reunião tumultuada em que seria votado o parecer preliminar pela continuação das investigações sobre Cunha, mas que acabou não acontecendo e teve até a substituição do relator, deputado Fausto Pinato (PRB-SP).

A medida foi classificada de “golpe” pelo presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA). Cunha rebateu e disse que “golpe era o que estavam fazendo”.

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Logo no início da reunião desta quinta, deputados aliados de Cunha questionaram a demora para abrir o painel para registrar presença.

O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) reclamou para o presidente do conselho explicando que, como suplente, chegou cedo para registrar presença e, assim, garantir que conseguiria votar caso houvesse a ausência de algum titular. Pelas regras, os suplentes têm direito a voto pela ordem de chegada.

“Vossa excelência está querendo tumultuar o processo”, disse José Carlos Araújo ao deputado do PR. Bacelar pediu: “Me respeita”. Araújo repetiu: “Você está tumultuando”. Bacelar revidou de novo: “Me respeita. Eu tenho o direito sagrado de votar. Vossa excelência está sendo arbitrário”.

Bacelar insistiu e deputados da base aliada o acusaram de querer tumultuar, dizendo que “a turma do Cunha quer bagunça”. O clima ficou ainda mais tenso.

No calor do bate-boca, Zé Geraldo e Wellington Roberto se desentenderam e, se não fossem contidos, teriam partido para as vias de fato. Depois de serem segurados, continuaram batendo boca. “Você que me meteu a mão”, gritou Roberto. “Meti coisa nenhuma”, revidou Geraldo.

A turma do “deixa disso” entrou em ação para apaziguar a briga.

Depois de a situação ter acalmado, Araújo pediu respeito aos deputados e informou que iria pedir o vídeo e o áudio para conferir o que aconteceu.

“O Conselho de Ética não pode ser palco de incidentes como esse. Aqui jamais poderá ser transformado num ringue. Deve ser um local de conversa e diálogo. Aqui não é o lugar da disputa corporal, mas da palavra. Ninguém vai ganhar ninguém no grito”, afirmou.

Sessão de quarta-feira

Cunha e seus aliados têm trocado farpas constantes com o presidente do Conselho de Ética. Araújo os acusa de manobrar para atrasar os trabalhos. Eles, por sua vez, numa ação articulada, questionam a sua isenção à frente do comando do colegiado.

Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar, por supostamente ter mentido na CPI da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior.

Um dos homens da “tropa-de-choque” de Cunha no conselho, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) já entrou com uma representação questionado o uso do voto de minerva pelo presidente para desempatar votações.

“O seu desejo de punir está contaminando o processo”, criticou Marun na sessão desta quinta, acrescentando em seguida que desejava que ele deixasse os trabalhos. Manoel Júnior (PMDB-PB), outro aliado Cunha, também o atacou: “O senhor tem sido um descumpridor contumaz o regimento da Casa”.

Fonte: G1

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