Servidores municipais em Bauru entram em greve por reajuste salarial

Os servidores municipais de Bauru (SP) entraram em greve na manhã desta terça-feira (20). A decisão foi resultado de uma assembleia na qual os funcionários pediram reajuste salarial de 21%, além do aumento do vale-alimentação e refeição.

No entanto, o prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD) negou e propôs um reajuste aos trabalhadores municipais de 2,84%.

Em reunião na manhã desta terça, os sindicalistas foram recebidos pelo secretário de Administração, Davi Françoso, que ratificou os 2,84% de reajuste nos salários e melhorou o aumento no vale-alimentação – era de R$ 12 e passou para R$ 41. A proposta foi rejeitada em assembleia.

Na Escola Estadual Professor José Aparecido Guedes de Azevedo, os funcionários municipais responsáveis por preparar a merenda paralisaram as atividades.

Com a greve, a direção enviou um comunicado aos responsáveis pelos alunos dizendo que não haveria merenda nesta terça-feira (20) e que o lanche deveria ser enviado por eles.

Além disso, a EMEI Pinóquio amanheceu com uma faixa em frente ao portão comunicando sobre a greve, juntamente com um aviso aos pais de que será servida uma merenda “seca”, com frutas e bolachas.

Segundo a escola, grande parte dos funcionários aderiram à paralisação. Não há previsão para a retomada dos serviços e nem um balanço dos servidores que aderiram à greve.

Limite de gastos

Segundo a justificativa da prefeitura, a proposta do Executivo foi elaborada para não estourar o limite legal de gastos com pessoal, que é de 54%. De acordo com a prefeitura, esse estouro pode prejudicar o município no recebimento de recursos estaduais e federais.

Segundo a Lei da Responsabilidade Fiscal, esse limite legal deve ser de, no máximo, 51,3%. Porém, o município já está acima – atualmente, registra 52,53%. Com a proposta do governo, passaria para 53,75%.

Fonte: G1