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Servidores autárquicos da Unesp de Botucatu (SP) entraram em greve nesta segunda-feira (14) contra o atraso no pagamento do décimo terceiro salário.
Segundo os manifestantes, cerca de 100 funcionários das três faculdades – Faculdade de Medicina, Instituto de Biociências e Faculdade de Ciências Agronômicas – participaram de uma passeata na unidade durante a manhã.
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No estado todo, a situação afeta cerca de 12,5 mil servidores, desses, 2.500 trabalham no campus de Botucatu.
A Unesp pagou o 13º salário apenas para os funcionários contratados pelo regime da CLT, com carteira assinada. Os servidores estatutários não receberam o benefício. Na região Centro-Oeste Paulista, aproximadamente 4 mil servidores são afetados pela falta de pagamento.
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Desde o segundo semestre do ano passado, a reitoria está detalhando esta situação à comunidade universitária, mantendo-a informada da crise orçamentária e financeira da universidade.
Ainda não há uma data prevista para o pagamento do 13º salário de 2018 para os servidores autárquicos.
Conforme fora anunciado pelo reitor na reunião do conselho universitário de dezembro de 2018, no caso de não se concretizar o crédito suplementar extra-limite por parte do governo estadual, a Unesp convocaria para a segunda quinzena deste mês de janeiro reunião extraordinária do conselho universitário para revisar a proposta orçamentária de 2019 e readequá-la para o pagamento devido.
Em nota, a Unesp disse que no fim do ano passado pediu ao governo do estado um crédito suplementar para pagar o 13° aos funcionários, mas até agora não recebeu o dinheiro. A reitoria informa que, em todo o estado, os atrasos somam R$ 175 milhões.
A assessoria de imprensa do Estado de São Paulo informou em nota que até setembro do ano passado, a universidade recebeu do estado um montante da ordem de R$ 1,7 bilhão e que uma suplementação ainda será avaliada pela nova gestão.
A situação não é nova e também aconteceu com o pagamento do décimo terceiro de 2017. Na ocasião, o atraso no pagamento chegou a provocar paralisações e protestos em alguns campi. A situação fez com que a Justiça determinasse que Unesp fizesse o pagamento integral a todos os funcionários.
De acordo com Rosana Bicudo, coordenadora do sindicato dos trabalhadores da Unesp, a situação que se repete pelo segundo ano seguido tem obrigado muitos servidores a recorrer até a empréstimos para saldar as contas do fim de ano.
Segundo a reitoria, caso o crédito suplementar não seja liberado pelo governo, será convocada uma reunião extraordinária do Conselho Universitário para “revisar a proposta orçamentária de 2019 e readequá-la para o pagamento devido”.
Segundo a Unesp, essa reunião deve ocorrer provavelmente no próximo dia 22.