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Profissionais do Hospital das Clínicas denunciam situação dramática e acusam o governo estadual de crime trabalhista
Os servidores públicos da saúde de Botucatu vão cruzar os braços por 48 horas a partir das 7h de quarta-feira (16). A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) em protesto contra o não pagamento do FGTS, congelamento de benefícios e a precarização das condições de trabalho.
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A decisão pela paralisação foi aprovada em assembleia realizada no dia 27 de junho, após tentativas frustradas de negociação com o governo estadual de Tarcísio de Freitas.
De acordo com o sindicato, o governo deixou de depositar o FGTS dos servidores da saúde há cinco meses, o que configura crime trabalhista. Além disso, os trabalhadores denunciam o vale-alimentação congelado em apenas R$12 por dia — valor insuficiente para uma refeição básica — e a proposta de reajuste salarial de apenas 5%, abaixo da inflação.
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“A greve não é só por salário, é pela sobrevivência e pela dignidade dos profissionais do SUS”, afirma a direção do SindSaúde-SP.
A situação no Hospital das Clínicas de Botucatu, unidade estratégica para a região, é considerada alarmante. Profissionais relatam que estão vendendo rifas para complementar a renda, trabalhadores afastados por questões de saúde não têm acesso a benefícios do INSS e o avanço das terceirizações estaria comprometendo a qualidade do atendimento prestado à população.
A concentração principal do protesto será na portaria do Hospital das Clínicas de Botucatu, nos dias 16 e 17 de julho.
O sindicato convoca a população, imprensa e autoridades a se mobilizarem. “A greve é por um SUS melhor para todos e pelo cumprimento das leis trabalhistas”, diz o comunicado oficial.
#Botucatu #Greve