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A Guarda Civil Municipal de Piracicaba (SP) resgatou uma seriema, na tarde desta terça-feira (26), no Centro da cidade. A ave, segundo os agentes, aparentava estar assustada quando foi encontrada em um conjunto comercial entre as Ruas Alferes José Caetano e Voluntários. No período da manhã, tinha sido vista dentro de um colégio particular.
Por volta das 10h, o animal tinha sido visto dentro de uma escola particular que fica entre as Ruas Boa Morte e Rangel Pestana durante a manhã desta terça-feira.
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De acordo com os agentes, a seriema estava no pátio do colégio e corria atrás dos alunos no momento em que as equipes chegaram. Depois, ficou em uma das janelas da instituição e voou.
Por volta das 16h, as equipes da Guarda conseguiram resgatá-la no conjunto comercial ainda na região central. A seriema foi recolhida, passa bem e foi devolvida ao seu habitat natural. “Já encontrou companhia”, disse o agente Canova à reportagem.
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A seriema
O nome da ave deriva do tupi e quer dizer “crista levantada”. A espécie, que atinge uma altura média de 70 centímetros, podendo chegar a 90 centímetros de comprimento e pesar até 1,4 quilo, ocorre nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e nos estados nortenhos de Tocantins, Pará e Roraima. Também é encontrada na Argentina e Bolívia e no Paraguai e Uruguai.
É comum em Cerrados, campos sujos e pastagens, sendo beneficiada pelo desmatamento. Vive aos pares ou em pequenos bandos. Correndo chega a atingir mais de 50 km/h. Tem hábitos terrestres, mas sobe no alto das árvores para dormir.
Possui um canto bem marcante, que pode ser ouvido a mais de um quilômetro, pois são gritos altos e longos, podendo durar vários minutos.
Outra curiosidade relacionada a essa espécie é a presença de uma espécie de cílios, que na verdade, trata-se de penas modificadas que servem para proteger os olhos. A seriema corre até 50 km/h e é uma excelente predadora, tendo o costume de arremessar suas presas antes de se alimentar delas.
O biólogo Luciano Lima também conta que esses animais são os últimos representantes vivos de uma espécie já extinta, conhecida como ‘aves-do-terror’, que foram os principais predadores dominantes da América do Sul e viveram depois da época dos dinossauros.
A ave, que costuma estar sempre em grupo ou em dupla, voa pequenas distâncias e constrói seus ninhos no alto de árvores.
Fonte: G1