20 abril, 2024

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‘Seria um grande almoço’, diz pai sobre morte da filha em 1° encontro com os sete irmãos

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A emoção por reunir pela primeira vez todos os filhos para comemorar o Dia dos Pais, no último fim de semana, se transformou em tristeza para Geovani Manuel do Nascimento, de 47 anos, de Itu (SP). Horas após registrar em uma foto o encontro dos oito filhos, o pedreiro resgatou Geovana Vitória Cruz do Nascimento, 8 anos, que ficou prensada no chão pela peça de um antigo moinho de água, no sábado (12).

No dia seguinte (13), a menina morreu assim que deu entrada no Hospital da Unesp em Botucatu (SP), com politraumatismo e hemorragia interna, segundo informações do IML da cidade e da família da criança.

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“A gente tinha programado uma comemoração, seria um grande almoço e não tem como falar o tamanho da dor que sentimos. Foi uma pancada grande, não há estrutura que não abale”, desabafa Geovani.

O pedreiro afirma ainda que a filha havia conhecido o irmão mais velho na sexta-feira (11), já que era a primeira vez que o jovem, de 26 anos, saia da penitenciária de Iperó – onde cumpre pena há oito anos – para comemorar o Dia dos Pais junto com a família.

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Ao G1, Geovane afirma que no momento do acidente a menina brincava com outros dois irmãos, de 6 e 10 anos, em um moinho desativado na chácara em que os avós trabalham como caseiros. A peça que a atingiu, segundo o pai, pesa de 250 a 300 quilos.

“Os meninos me chamaram e, quando cheguei ao local, ela estava desacordada e não consegui nem rolar a peça de tão pesada. Não sei de onde tirei forças, mas depois tirei a barra de ferro e fiz respiração boca a boca”, explica Geovani.

De acordo com o pedreiro, o moinho tem cerca de 50 anos e era movido com a ajuda de cavalos, mas está desativado há vários anos. “Minha sogra mora lá há 14 anos e nunca aconteceu nada disso, foi uma fatalidade.”

A menina foi levada ao Hospital São Camilo, em Itu, sem ferimentos aparentes e consciente, de acordo com o pai. Porém, minutos depois começou a se queixar de dores no abdômen, e passou por exames que constataram hemorragia interna em órgãos como pulmões e fígado.

Devido a gravidade do caso, os médicos disseram à família que Geovana precisava ser transferida a uma UTI infantil, mas não há nenhuma na cidade. “Os médicos fizeram de tudo por ela, se tivesse UTI em Itu a minha filha teria 90% de chance de sobreviver, segundo a junta médica”, diz o pedreiro.

Encaminhada à Botucatu no domingo (13), a menina morreu por volta das 19h. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia Seccional da cidade e encaminhado à unidade policial de Itu, que deve investigar o caso.

“Não saí de perto da minha filha em nenhum momento. O horário que ela saia e voltava da escola vão ficar para sempre na nossa memória, ainda não caiu a ficha. Tenho oito filhos, mas posso dizer que ela era uma menina diferenciada, tanto que pedi a Deus uma filha melhor… Era minha companheira”, disse o pai emocionado.

Fonte: G1

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