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A Administração Nacional do Espaço da China divulgou que germinaram as sementes de algodão levadas para a Lua pela sonda chinesa Chang’e-4, que pousou no lado oculto do satélite natural no dia 3 de janeiro. É a primeira vez que uma matéria biológica cresce por lá.Segundo especialistas, isso pode significar que os astronautas poderiam colher seus próprios alimentos no espaço, reduzindo a necessidade de voltar à Terra para reabastecimento. Na Estação Espacial Internacional plantas já cresceram com sucesso, mas isso nunca tinha acontecido na Lua.
A sonda carregou sementes de algodão, batata, colza (planta usada para extração de óleo), Arabidopsis (planta da família da mostarda), além de leveduras e ovos de mosca-das-frutas. Os itens estão em um recipiente lacrado, para formar uma minibiosfera artificial e autossustentável.
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O cilindro em que estão é feito de uma liga de alumínio. Tem 19,8 cm de altura, com diâmetro de 17,3 cm e peso de 2,6 kg. O compartimento também contém água, solo, ar, duas câmeras pequenas e um sistema de controle de calor.
Nesta terça-feira (15), a mídia estatal chinesa disse que as sementes de algodão estão crescendo. A cultura poderia ser usada para a fabricação de roupas, enquanto as batatas serviriam de alimento e o óleo de colza, de combustível.
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A planta Arabidopsis foi escolhida, segundo os cientistas, por ter um período de crescimento rápido, o que facilitaria as observações. A levedura, por sua vez, pode desempenhar um papel na regulação do dióxido de carbono e do oxigênio na minibiosfera, enquanto a mosca-da-fruta seria a consumidora do processo de fotossíntese.
“Aprender sobre o crescimento dessas plantas em um ambiente de baixa gravidade nos permitiria estabelecer as bases para a colonização espacial”, afirmou Xie Gengxin, um dos pesquisadores da Chang’e-4.
A agência de notícias chinesa Xinhua noticiou que as sementes foram adormecidas com “tecnologia biológica” durante a jornada da sonda da Terra à Lua, que durou 20 dias. A germinação só ocorreu porque os cientistas enviaram um comando para a nave regar as sementes.
Fonte: Galileu