20 de setembro, 2024

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Sem precedentes: Mundo quebrou 15 recordes nacionais de calor este ano

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Um número sem precedentes de recordes de calor foi quebrado em todo o mundo este ano, de acordo o historiador climático Maximiliano Herrera, que mantém um arquivo de eventos extremos. O pesquisador relata que 15 máximas meteorológicas foram batidas até agora em 2024, à medida que os extremos climáticos se tornam mais frequentes e a deterioração do clima pelo mundo se intensifica.

“Essa quantidade de eventos de calor extremo está além de qualquer coisa já vista ou sequer imaginada como possível antes. Os meses de fevereiro a julho de 2024 foram os mais recordes para todas as estatísticas”, destacou. “Longe de diminuir com o fim do El Niño, os recordes estão caindo em um ritmo ainda mais rápido agora em comparação ao final de 2023, afirmou Herrera ao The Guardian.

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No Brasil, onde esta semana uma nova onda de calor se forma em pleno inverno, dias depois do país ser varrido por temperaturas geladas em diversas localidades de norte a sul, o Rio de Janeiro, teve recorde de sensação térmica em março, já no final do verão carioca. Na ocasião, o Sistema Alerta Rio contabilizou 62,3ºC na estação de Guaratiba, na zona oeste da cidade.

De acordo com Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da Europa, não há fim à vista para recordes indesejados. “Mesmo que essa sequência específica de extremos termine em algum momento, estamos fadados a ver novos recordes sendo quebrados à medida que o clima continua a esquentar. Isso é inevitável, a menos que paremos de adicionar gases de efeito estufa na atmosfera e nos oceanos.”

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Uma mulher caminha carregando um guarda-chuva para se proteger do sol em Guadalajara, no México. Em 20 de junho o país rompeu o recorde nacional com 52°C em Tepache. (Foto: Um Só Planeta)

Confira a lista dos 15 recordes quebrados até o momento em 2024:

– 28 de fevereiro: Ilhas Cocos empataram com sua temperatura mais alta de todos os tempos, com 32,8°C. Empataram novamente em 29 de fevereiro e 7 de abril.

– 6 de março: Costa Rica quebrou seu recorde nacional com 41ºC em Cerro Huacalito. Em 23 de março, novo marco no mesmo local, de 41,5ºC.

– 12 de março: Comores bateu seu recorde nacional com 36,2°C no aeroporto de Hahaya.

– 13 de março: Congo superou seu recorde nacional com 39,6°C em Impfondo.

– 24 de março: Maldivas quebrou seu recorde nacional com 35,1ºC em Hanimadhoo. Empatou novamente em 11 de abril.

– 31 de março: Togo bateu seu recorde nacional com 44°C em Mango.

– 3 de abril: Mali superou seu recorde nacional com 48,5°C em Kayes.

– 10 de abril: Belize quebrou seu recorde nacional com 42,3°C em Barton Creek. Empatou em 17 de maio em Chaa Creek.

– 24 de abril: Chade empatou seu recorde nacional com 48ºC em Faya. A mesma marca foi atingida em 5 de junho.

– 27 de abril: Camboja bateu seu recorde nacional com 42,8°C em Preah Viehar e Svay Leu.

-1º de maio: Gana superou seu recorde nacional com 44,6°C em Navrongo.

– 1º de maio: Laos quebrou seu recorde nacional com 43,7°C em Tha Ngon.

– 29 de maio: Palau empatou seu recorde nacional com 35ºC no aeroporto internacional Babelthuap. Em 2 de junho, superou a marca com 35,6ºC.

– 7 de junho: Egito bateu seu recorde nacional com 50,9°C em Aswan.

– 20 de junho: México empatou seu recorde nacional com 52°C em Tepache.

Segundo Herrera, outros 130 marcos mensais de temperatura nacional também foram quebrados, juntamente com dezenas de milhares de máximas locais registradas em estações de monitoramento do Ártico ao Pacífico Sul.

O pesquisador relatou que, em alguns dias, milhares de estações de monitoramento estabelecem novos recordes de máximas ou mínimas mensais. A região de Yueyang, na China, por exemplo, sofreu com uma mínima sem precedentes de 32°C durante à noite, com umidade perigosamente alta, no final de julho.

Herrera complementou que espera que alertas de clima extremo possam preparar o mundo para o que está por vir e reduzir ameaças a vidas, infraestrutura e economias. “É durante o clima extremo que nós, humanos e outras espécies, estamos sob estresse ou em risco, então é quando estamos mais potencialmente vulneráveis.”

Fonte: Um Só Planeta

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