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Seis pessoas morreram e ao menos 30 ficaram feridas após um grupo armado disparar contra uma manifestação convocada pelos movimentos islâmicos Hezbollah e Amal em Beirute, capital do Líbano, nesta quinta-feira (14).
Uma das vítimas é uma mulher atingida por uma bala dentro de sua casa, segundo a agência de notícias Reuters.
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O Exército afirma que manifestantes foram atacados quando passavam pela rotatória de Teyouneh, em uma área que divide os bairros cristãos e xiitas da cidade, e que nove suspeitos foram presos.
O Hezbollah e o Amal, que são apoiados pelo Irã, dizem que homens armados atiraram contra os manifestantes a partir de telhados e acusa as Forças Libanesas (LF) de serem responsáveis pelo ataque.
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A LF, um partido cristão que tem laços com a Arábia Saudita, negou a autoria do ataque, condenou a violência e a atribuiu à “incitação” do Hezbollah.
Os tiros causaram cenas de caos na capital libanesa, e soldados passaram a patrulhar as ruas.
Durante o ataque, as televisões locais transmitiram imagens de pessoas correndo ao som de tidos. Em uma escola próxima, professores instruíram crianças a se deitarem de bruços no chão com as mãos na cabeça.
Reação política
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, anunciou que o Líbano terá um dia de luto nesta sexta-feira (15), e o presidente do país, Michel Aoun, fez um discurso na televisão.
Aoun prometeu que os responsáveis pela violência serão responsabilizados. “Não permitiremos que ninguém tome o país como refém de seus próprios interesses”, afirmou o presidente.
“É inaceitável que as armas sejam mais uma vez o meio de comunicação entre os rivais libaneses”.
Protesto contra juiz
O protesto exigia a destituição do juiz Tarek Bitar, responsável pelo processo sobre a explosão que ocorreu no porto da cidade em agosto de 2020.
A tragédia causou a morte de pelo menos 214 pessoas e feriu mais de 6 mil, além de destruir vários edifícios na capital libanesa.
O juiz interrogou vários políticos e funcionários do governo, incluindo aliados do Hezbollah, suspeitos de negligência que levou à explosão do porto (causada por uma grande quantidade de nitrato de amônio armazenada no local).
Na terça-feira (12), Bitar emitiu um mandado de prisão contra Ali Hassan Khalil, deputado e ex-ministro das Finanças que é membro do Amal e aliado do Hezbollah.
Dois ex-ministros apresentaram uma denúncia contra o magistrado — que suspendeu a investigação. A acusação foi negada nesta quinta, e Bitar poderá retomar seu trabalho.
Fonte: Yahoo!