04 de julho, 2025

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Segundo jornalista é executado em Maricá (RJ) em menos de um mês; veja vídeo

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Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram o momento em que o jornalista Romário Barros (foto), de 31 anos, foi morto a tiros em Maricá (RJ) na noite desta terça-feira (18).

O vídeo mostra o jornalista entrando no carro, um gol cinza, que estava estacionado. Logo que ele entra no veículo, um homem corre até o local, abre a porta do motorista e dispara várias vezes contra a vítima.

O autor volta correndo para um carro preto, que o espera estacionado logo atrás do carro do jornalista. O motorista dá ré, manobra e foge cortando a pista e seguindo por uma rua transversal do bairro Araçatiba.

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A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o assassinato, o segundo contra um jornalista em menos de um mês.

A perícia foi realizada no local e diligências estão sendo feitas, ainda segundo a polícia, para esclarecer as circunstâncias e a autoria do crime. Ninguém foi preso até a publicação desta reportagem.

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O enterro de Romário Barros ocorreu após cortejo em carro oficial do Corpo de Bombeiros, sob aplausos e forte comoção na tarde desta quarta (19). O corpo de Romário foi velado na Câmara de Vereadores onde parentes e amigos se despediram do jornalista. Segundo a sogra, Maria do Carmo, Romário era muito querido por todos, uma pessoa alegre.

“Vivia só para a esposa, pra gente e pro jornalzinho dele, que trabalhava com amor, com dedicação, com empenho”, desabafou.

Repercussão nacional

As duas mortes em menos de um mês chamaram a atenção das organizações que representam a classe.

Abraji

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), disse que está apurando, por meio do Programa Tim Lopes as mortes de Romário Barros, na noite desta terça-feira (18), e Robson Giorno, em 25 de maio, foram provocadas por retaliações ao trabalho das vítimas e afirma que, neste primeiro momento, “a equipe do programa apura junto às autoridades locais”.

“Caso seja confirmada a ligação com a profissão, o Programa Tim Lopes irá a Maricá para aprofundar a apuração, como feito em 2018 no caso do assassinato de Jairo Sousa, no Pará”.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também se manifestou sobre os assassinatos em Maricá.

“Assim como o assassinato de Robson Giorno, é evidente que Romário também foi vítima de um crime premeditado, configurando uma execução”.

Fenaj

De acordo com a Fenaj, a investigação de ambos os assassinatos deve ter como ponto de partida o exercício profissional e é preciso empenho para que os culpados sejam identificados e punidos.

“Exigimos das autoridades competentes celeridade na apuração dos casos, para que a população de Maricá e, em especial, os familiares dos jornalistas e a categoria possam ter uma resposta do Estado”.

A Fenaj lembrou ainda que: “a maior parte dos assassinatos de jornalistas fica impune e que a impunidade é o combustível da violência contra os profissionais”.

ABI

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Domingos Meirelles, pede celeridade na investigação das mortes de dois jornalistas em menos de um mês em Maricá (RJ). O pedido foi feito por meio de uma nota oficial emitida pela ABI na noite desta quarta-feira (19).

“O Governo do Estado do Rio de Janeiro tem o dever de investigar e identificar rapidamente os responsáveis por essas duas execuções sob pena de conivência com a espiral de violência que se apossou da região onde ocorreram os assassinatos”, diz ABI.

Por meio de nota, a ABI falou ainda sobre o importante papel do Governador Wilson Witzel no acompanhamento deste caso.

“O Governador Wilson Witzel, como ex-juiz criminal, tem ainda o compromisso moral de impedir que essas duas mortes fiquem impunes. Sua Excelência precisa acelerar as investigações para que os autores e mandantes desses crimes sejam presos e submetidos aos rigores da lei”, diz a nota da ABI.

Fonte: G1

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