25 abril, 2024

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Sapatinhos de salto alto para bebês geram polêmica nos EUA

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Já se passaram dez meses desde que uma marca americana lançou um sapato de salto alto para bebês. Mas os consumidores ainda não se acostumaram com a ideia.

Pais que acham uma “graça”, “fofo” e “bonitinho”, de um lado, defendem o direito de apresentarem seus filhos da maneira que querem. Do outro lado, há famílias que acham um abuso estimular o “erotismo” em bebês de colo.

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O salto da marca Pee Wee Pumps é macio, e as crianças na idade indicada (de zero a seis meses) não andam. Então, o sapatinho tem efeito basicamente estético.

Os modelos são ousados. O chamado “Glamuroso”, por exemplo, tem estampa de oncinha lilás. O “Diva” é preto com bolinhas brancas na parte de dentro. Já o “Atrevido” é vermelho, com estampa clássica de oncinhas dentro.

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Todos custam US$ 29,99 (cerca de R$ 115) e estão à venda no site da marca.

Nas redes sociais, a novidade motiva comentários que vão desde “tão engraçadinho!” e “preciso ter uma menina!” até “nojento”, “longe demais” e “misericórdia”.

Diante das críticas, a dona da Pee Wee Pumps afirma que é, “acima de tudo, mãe”. “Nunca colocaria um bebê em perigo”, afirma Michele Holbrook àFolha.

“Os sapatos não devem ser usados enquanto a criança anda, brinca ou dorme. Servem apenas para uma foto divertida, fofa e fashion.”

GÊNERO

Mesmo assim, o uso de artigos tão explicitamente femininos nessa faixa etária pode trazer complicações futuras, alerta a professora de psicologia Catherine Tamis-LeMonda, da NYU (Universidade de Nova York).

Ela explica que uma criança se conscientiza de seu sexo, em geral, depois dos dois anos de idade. A partir de então, é natural que queria se comportar como tal.

Mas a “rigidez” da infância tende a ser “flexibilizada” na adolescência, e meninas passam a perceber que não precisam, por exemplo, só vestir roupas cor-de-rosa.

O problema, diz, é quando essa rigidez perdura. Esse tipo de reação é um dos fatores de desordens alimentares (como anorexia), depressão e baixa autoestima.

“A fixação com a aparência, com determinado padrão de beleza, alimenta muitos problemas de comportamento. Como sociedade, não deveríamos enfatizar o quão importante é ser sexy de salto alto, muito menos tão cedo”, ressalta a professora.

Fonte:Folha

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