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Os incêndios que atingiram São Paulo nos últimos dias destruíram o equivalente a 30 mil campos de futebol de cana-de-açúcar na região este, de acordo com levantamento preliminar da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canoeste).
A entidade, que representa 150 mil hectares de cana, de 2 mil produtores rurais, aponta que as queimadas registradas entre quinta-feira (22) e sábado (24) devem representar queda de pelo menos 15% na safra deste ano.
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“Estamos correndo para levantar os dados. Temos 15 agrônomos em campo, demarcando as áreas atingidas. Mas, até o momento, já sabemos que mais de 30 mil hectares de produtores da nossa região foram queimados. É um número absurdo. Para se ter um parâmetro, cada hectare corresponde a um campo de futebol”, informou Almir Torcato, diretor-executivo da associação, ao jornal O Globo.
Ele acrescentou que nesta época do ano é normal que haja algumas ocorrências de focos de incêndios, mas não nas proporções em que ocorreram. Também registrou que a suspeita é de que o fogo tenha começado devido à ação do homem, e não por causas naturais.
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“Encontramos focos a cada três quilômetros, todos começando ao mesmo tempo. Não temos como comprovar nada. Ainda assim, a maneira como aconteceu me leva a acreditar que houve interferência humana”, observou. “Há quem diga ainda que os incêndios são intencionais. Essa era uma prática comum na década de 1980, quando existia a cultura de colocar fogo em cana-de-açúcar. Hoje, a colheita é feita de forma 100% mecanizada. Não há nem gente para colher cana. Esse método já não é aplicado há mais de 15 anos.”
Incêndios estão controlados
Criminosos ou não, os incêndios registrados em São Paulo, além de destruírem plantações, impactaram diretamente na umidade relativa do ar. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), seis cidades do Noroeste do estado tiveram índice igual ou inferior a 20% de sexta-feira (23) a domingo (25).
São elas: Ariranha, Barretos, Casa Branca, Lins, Pradópolis e São Carlos. A pior classificação foi observada em Barretos na sexta-feira: 7%. As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelecem que índices inferiores a 60% não podem ser considerados adequados para saúde humana.
A boa notícia é que São Paulo Não tem mais focos de incêndios. Na segunda-feira (26), a Defesa Civil informou que a situação estava controlada. O estado chegou a ter 24 locais de queimadas simultâneas na manhã de sábado (24). O fogo atingiu mais de 34 mil hectares e 14 regiões do interior paulista. Pelo menos duas pessoas morreram.
Fonte: Um Só Planeta