25 de novembro, 2024

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Salvar a mulher ou a mãe e o filho: o dilema dramático de um indonésio na tsunami

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Udin Ahok, um indonésio de 46 anos, teve que fazer uma escolha horrível após a tsunami que invadiu as ilhas do Estreito de Sunda no sábado e deixou mais de 420 mortos: salvar a sua mulher ou sua mãe e seu filho bebê.

Fazia pouco que Ahok havia se deitado para dormir quando uma massa de água colocou abaixo as paredes de sua casa em Way Muli, uma aldeia costeira da ilha de Sumatra. Era uma tsunami provocada pela erupção do vulcão Anak Krakatoa.

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Tomado pelo pânico, Ahok correu para o lugar onde dormiam sua mãe de 70 anos e seu filho, de 1 ano. Ao mesmo tempo, ele viu que sua mulher estava prestes a se afogar. Conseguiu então pegá-la e colocá-la a salvo, mas não pôde resgatar sua mãe nem o bebê.

— Não tive tempo de salvá-los — contou ele, aos soluços. — Lamento muitíssimo. Minha única esperança é que eles se encontrem ao lado de Deus.

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O indonésio se refugiou em um dos centros de emergência que acolhe milhares de desabrigados depois do desastre.

Sulistiwati, outra habitante de Way Muli e grávida de seis meses, foi salva por um vizinho que a viu cair na água.

— Por sorte, ele me viu e me tirou da onda. Corremos até as áreas mais altas com os outros vizinhos. Não imaginava que eu fosse capaz de correr tão rápido estando grávida. Dava tanto medo. Esperamos horas até as águas baixarem — relatou ela.

Do outro lado do Estreito de Sunda, na ilha de Java, Saki, de 60 anos, observa os escombros da aldeia de Sumber Jaya e se pergunta como vai fazer para reconstruir a vida.

— Tudo desapareceu, minhas roupas, meu dinheiro. Eu tinha 19 milhões de rúpias (cerca de R$ 5 mil) — contou à agência France Presse.

Restou um boné, uma camiseta e um sarong, espécie de saia cumprida vestida por homens. Ele dorme na mesquita, mas volta ao local destruído todos os dias na esperança de encontrar o dinheiro.

Em Sumatra, Nasoha, de 45 anos, tem hematomas e cortes. Sua casa desapareceu, mas ele se considera sortudo.

— Eu tenho um corte na bochecha, uma ferida no braço e na orelha. Me sinto grato por estar vivo.

 

Fonte: Extra

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