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Botucatu não deve ser afetada com o abandono cubano ao programa Mais Médicos. A afirmação foi dada pelo secretário municipal de Saúde, André Spadaro.
Desde 2015 o município integra o programa quando, na ocasião, ocorria uma crise na oferta destes profissionais nas unidades públicas de atendimento em saúde. Segundo o Secretário, esse impacto deve ser nulo já que não há nenhum médico cubano integrante ao programa no município. Atualmente, são dez profissionais, todos brasileiros e que atuam nas 21 Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de outros serviços relacionados.
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“Temos ainda quatro vagas de profissionais que se desligaram, aguardando edital do Ministério da Saúde para serem repostos. Assim, esta decisão de Cuba não traz impacto imediato para os atendimentos no município”, salientou Spadaro.
Mesmo sediando uma faculdade pública de medicina e tendo a segunda maior proporção destes profissionais por habitantes no Estado (6,45 profissionais por mil habitantes), Botucatu sofreu com a falta de médicos. Quando da adesão ao programa do governo federal, em 2015, o município tentava suprir a carência de tais profissionais, com a abertura de concurso e contratação emergencial, chegando ao quadro de cem médicos vinculados ao sistema municipal.
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Quatro anos antes eram cinquenta médicos atuando nos serviços de saúde. A crise envolvendo os médicos oriundos de Cuba teve início ainda durante a campanha eleitoral, onde o presidente eleito Jair Bolsonaro teceu críticas ao regime da ilha, além de reafirmar a intenção de mudanças nos critérios de pagamento aos profissionais.
Após não concordar com as exigências, o governo cubano decidiu retirar até o final do ano 8.332 médicos instalados em diversas regiões do país, com predominância nas regiões com menor desenvolvimento econômico. Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país. O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestou-se sobre a questão. Em comunicado, a entidade assegurou que existem profissionais brasileiros em número suficiente para substituírem os cubanos.
Jornal Leia Notícias por Flávio Fogueral