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A Rússia anunciou nesta quinta-feira (29) a expulsão de 60 diplomatas americanos como represália a uma decisão similar adotada na segunda-feira pelos EUA por conta do caso do envenenamento do 3x-espião duplo Sergei Skripal e de sua filha, no Reino Unido. Além disso, Moscou decidiu pelo fechamento do consulado geral americano na segunda maior cidade russa, São Petersburgo.
Os diplomatas americanos, que foram declarados persona non grata, terão até 5 de abril para deixar a Rússia, segundo o Ministério das Relações Exteriores do país. Dos diplomatas americanos que serão expulsos, todos trabalham na capital russa, com a exceção de dois que atuam no consulado geral dos Estados Unidos em Yekaterimburgo, nos montes Urais.
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O ministério russo convocou o embaixador dos EUA, John Huntsman, para comunicar as medidas e também entregou uma nota de protesto pelo que definiu como “degradantes e infundadas exigências” para que 60 diplomatas russos deixassem país pelo caso Skripal.
Além de fechar o consulado geral russo em Seattle, os Estados Unidos também anunciaram na segunda-feira (26), em solidariedade ao Reino Unido, a expulsão de 48 representantes diplomáticos da embaixada russa em Washington e de 12 representantes da missão russa na sede das Nações Unidas em Nova York.
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No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov (foto), afirmou que Moscou adotaria “medidas simétricas” contra Washington e “algo mais”, sem especificar. Ele também declarou que a Rússia não iria se limitar a “reagir” ao que classificou como “grandes pressões” por parte dos EUA e do Reino Unido para que sejam adotadas “medidas absolutamente inadmissíveis” contra seu país “com a desculpa do caso Skripal”.
Quase 30 países, em sua maioria membros da União Europeia (UE), anunciaram na segunda-feira a expulsão de mais de 100 diplomatas russos, uma decisão que a Rússia condenou veementemente.
“Em relação aos outros países, [as respostas] também serão simétricas no que se refere ao número de pessoas que terão que deixar a Rússia”, acrescentou Lavrov.
A Rússia argumenta que o Reino Unido ainda não apresentou provas sobre a culpabilidade do país no envenenamento de Skripal e sua filha, Yulia, no dia 4 de março na cidade de Salisbury. Yulia, que foi envenenada junto com seu pai, está “melhorando com rapidez e sua condição já não é crítica”, mas “estável”, confirmou nesta quinta-feira (29) uma porta-voz do serviço público de saúde do Reino Unido.
Fonte: Agência Brasil