28 março, 2024

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Rússia exige retirada das tropas da Otan da Romênia e da Bulgária

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A Rússia exigiu nesta sexta-feira (21) a retirada das tropas estrangeiras da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de dois de seus países-membros — Bulgária e Romênia — como parte das medidas reivindicadas para reduzir a tensão na fronteira com a Ucrânia.

“Não há ambiguidade”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores russo em resposta a uma pergunta de um veículo da imprensa.

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“Trata-se da retirada de forças estrangeiras, de material e de armamento, assim como outras medidas, para voltar à situação de 1997 nos países que não eram então membros da Otan. É o caso da Romênia e da Bulgária”, afirmou a chancelaria russa.

Em resposta, a Bulgária disse que decide sozinha sobre sua defesa, em coordenação com seus aliados da Otan. O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, também pediu à Rússia que se engaje em conversar com países ocidentais para diminuir as tensões.

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Imagem de satélite mostra tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia (Foto: Reprodução)

“A Bulgária é um país soberano, que há muito fez a sua escolha ao tornar-se membro da Otan. Como tal, só nós decidimos organizar a defesa do nosso país, em coordenação com os nossos parceiros”, afirmou Petkov.

A Otan é uma aliança político-militar dos Estados Unidos e do Canadá com países europeus, que serve principalmente para a defesa coletiva dos Estados-membros.

A declaração russa é dada no momento em que o país posicionou tropas na fronteira com a Ucrânia e tem realizado exercícios militares com Belarus, ampliando os temores dos Estados Unidos e da União Europeia de uma nova invasão russa ao país vizinho.

Tanque T-72B3 dispara durante exercícios militares da Rpussia na região de Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia, em 12 de janeiro de 2022 — Foto: AP
Tanque T-72B3 dispara durante exercícios militares da Rpussia na região de Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia, em 12 de janeiro de 2022 (Foto: Reprodução)

Rússia x Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 e anexou a região da Crimeia — que até hoje está sob domínio russo — para impedir a aproximação do país às nações ocidentais.

Na época, manifestantes derrubaram o então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, que havia desistido de assinar um tratado de livre-comércio com a União Europeia e preferiu estreitar relações comerciais com a Rússia.

A decisão deu origem a protestos em massa que resultaram na destituição de Yanukovich, que fugiu para a Rússia. Os russos então reagiram e invadiram a Crimeia, sob protesto dos EUA, da União Europeia e da Otan.

O papel da Otan

A Otan é uma aliança político-militar dos Estados Unidos e do Canadá com países europeus, que serve principalmente para a defesa coletiva dos Estados-membros.

Ela foi fundada em 1949, durante a Guerra Fria, e seus maiores objetivos eram inibir o avanço da União Soviética no continente europeu e a proteção mútua dos países (pelo tratado, se um membro for atacado os demais devem reagir).

Com o colapso do bloco soviético, a Otan passou a se expandir em direção ao leste europeu, quase dobrando de tamanho (atualmente a organização tem quase 30 Estados-membros).

Países que faziam parte da União Soviética, como a Estônia, a Letônia e a Lituânia, ou ex-aliados da Rússia no Pacto de Varsóvia, como a Polônia, hoje estão na órbita da Otan — o que o presidente russo, Vladimir Putin, não aceita.

Reação de Putin

Putin não só quer que a Otan pare de ampliar a sua área de influência como quer que a aliança político-militar recue e se afaste de países que eram área de influência da Rússia (como Belarus e a Ucrânia).

Por isso invadiu a Crimeia em 2014 e agora deslocou o Exército russo para a fronteira. Ele também exige que a Otan proíba a entrada da Ucrânia na organização — o que os países ocidentais rejeitam.

Com a iminência de um novo ataque, a Rússia passou a fazer novas reivindicações, como a retirada das tropas estrangeiras da Otan de países como a Bulgária e a Romênia.

Diante da escalada de tensão, Reino Unido e Canadá enviam ajuda militar à Ucrânia e o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a Rússia pagará caro se avançar sobre o país vizinho

Nesta sexta-feira (21), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reúnem em Genebra, na Suíça, para falar sobre a escalada de tensões na Ucrânia.

Fonte: Yahoo!

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