sábado, 21 maio, 2022
A Rússia exigiu nesta sexta-feira (21) a retirada das tropas estrangeiras da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de dois de seus países-membros — Bulgária e Romênia — como parte das medidas reivindicadas para reduzir a tensão na fronteira com a Ucrânia.
“Não há ambiguidade”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores russo em resposta a uma pergunta de um veículo da imprensa.
“Trata-se da retirada de forças estrangeiras, de material e de armamento, assim como outras medidas, para voltar à situação de 1997 nos países que não eram então membros da Otan. É o caso da Romênia e da Bulgária”, afirmou a chancelaria russa.
Em resposta, a Bulgária disse que decide sozinha sobre sua defesa, em coordenação com seus aliados da Otan. O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, também pediu à Rússia que se engaje em conversar com países ocidentais para diminuir as tensões.
“A Bulgária é um país soberano, que há muito fez a sua escolha ao tornar-se membro da Otan. Como tal, só nós decidimos organizar a defesa do nosso país, em coordenação com os nossos parceiros”, afirmou Petkov.
A Otan é uma aliança político-militar dos Estados Unidos e do Canadá com países europeus, que serve principalmente para a defesa coletiva dos Estados-membros.
A declaração russa é dada no momento em que o país posicionou tropas na fronteira com a Ucrânia e tem realizado exercícios militares com Belarus, ampliando os temores dos Estados Unidos e da União Europeia de uma nova invasão russa ao país vizinho.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 e anexou a região da Crimeia — que até hoje está sob domínio russo — para impedir a aproximação do país às nações ocidentais.
Na época, manifestantes derrubaram o então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, que havia desistido de assinar um tratado de livre-comércio com a União Europeia e preferiu estreitar relações comerciais com a Rússia.
A decisão deu origem a protestos em massa que resultaram na destituição de Yanukovich, que fugiu para a Rússia. Os russos então reagiram e invadiram a Crimeia, sob protesto dos EUA, da União Europeia e da Otan.
A Otan é uma aliança político-militar dos Estados Unidos e do Canadá com países europeus, que serve principalmente para a defesa coletiva dos Estados-membros.
Ela foi fundada em 1949, durante a Guerra Fria, e seus maiores objetivos eram inibir o avanço da União Soviética no continente europeu e a proteção mútua dos países (pelo tratado, se um membro for atacado os demais devem reagir).
Com o colapso do bloco soviético, a Otan passou a se expandir em direção ao leste europeu, quase dobrando de tamanho (atualmente a organização tem quase 30 Estados-membros).
Países que faziam parte da União Soviética, como a Estônia, a Letônia e a Lituânia, ou ex-aliados da Rússia no Pacto de Varsóvia, como a Polônia, hoje estão na órbita da Otan — o que o presidente russo, Vladimir Putin, não aceita.
Putin não só quer que a Otan pare de ampliar a sua área de influência como quer que a aliança político-militar recue e se afaste de países que eram área de influência da Rússia (como Belarus e a Ucrânia).
Por isso invadiu a Crimeia em 2014 e agora deslocou o Exército russo para a fronteira. Ele também exige que a Otan proíba a entrada da Ucrânia na organização — o que os países ocidentais rejeitam.
Com a iminência de um novo ataque, a Rússia passou a fazer novas reivindicações, como a retirada das tropas estrangeiras da Otan de países como a Bulgária e a Romênia.
Diante da escalada de tensão, Reino Unido e Canadá enviam ajuda militar à Ucrânia e o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a Rússia pagará caro se avançar sobre o país vizinho
Nesta sexta-feira (21), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reúnem em Genebra, na Suíça, para falar sobre a escalada de tensões na Ucrânia.
Fonte: Yahoo!
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