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O governador Eduardo Leite confirmou, nesta sexta-feira (5), que todas as regiões do Rio Grande do Sul permanecem em bandeira preta até 21 de março, com possibilidade de retorno à cogestão no dia seguinte. Já a suspensão geral de atividades entre 20h e 5h segue até 31 de março.
“Analisando experiências no Reino Unido, Portugal e Alemanha, observamos que, via de regra, foram três semanas até apresentar uma redução substancial de redução de ocupação de leitos. A intenção é promover um melhor engajamento, porque se não houver perspectiva de saída, há uma forte disposição de contestação de determinados segmentos a voltarem a algo próximo ao normal”, diz Leite.
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O governo também ajustou os protocolos sanitários da bandeira preta ampliando as proibições. Entre elas, o acesso ao mar e prática de esportes aquático no litoral gaúcho.
A partir de segunda (8), também estará vedado o comércio de itens não essenciais em supermercados. Cada estabelecimento poderá restringir o acesso, tapar ou retirar os produtos.
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“A gente espera não apenas uma questão concorrencial, de equilíbrio de competição, em que algumas lojas de supermercados podem abrir e outras não, mas reduzir a circulação. Os supermercados estão abertos pela alimentação, pela higiene. Os produtos não essenciais não devem estar sendo comercializados”, acrescenta o governador.
O governo projeta ainda, para os próximos dias, lançar um portal para concentrar denúncias de descumprimento às medidas sanitárias. Além disso, a equipe de comunicação do estado irá dar suporte aos municípios na elaboração de informativos de segurança.
Projeto para socorro em municípios pequenos
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) também retoma o projeto “Chamar192”, que busca levar o serviço telefônico de urgência e emergência a todas as 497 cidades do estado. Segundo a SES, 226 municípios de porte menor não têm esta cobertura.
Para incentivar o serviço, o governo pretende pagar R$ 15 mil por adesão e R$ 30 mil de custeio para cada município que aderirem ao projeto com a contratação de pelo menos um motorista e um técnico de enfermagem ou socorrista.
“Não há necessidade de seguir as regras do Samu, que é mais rígido. Neste caso, a gente solicita que tenha, no mínimo, um motorista de plantão e um técnico de enfermagem. Se houver necessidade de transferência com acompanhamento de médico ou enfermeiro, de acordo com a gravidade, a regulação vai indicar o serviço mais próximo”, explica a secretária Arita Bergmann.
Conforme a SES, 50 prefeituras já aderiram.
Vacinas
O governador também confirmou que já formalizou a intenção de adquirir vacinas a três empresas: Jansen, Pfizer e União Química (Sputnik V). No entanto, ele destaca que as próprias fabricantes priorizam a contratação com governos federais.
O problema, segundo Leite, não é apenas adquirir novas doses, mas acelerar a distribuição ao país.
“Já tem 450 milhões de doses adquiridas [para o Brasil pelo Ministério da Saúde], podendo chegar a 600 milhões, mas chegam, a maior parte, no segundo semestre. É importante que o governo se mobilize internacionalmente. Não é só comprar doses, é garantir antecipação do cronograma de entrega”, pede.
Leite afirmou ainda que 220 leitos de UTI adulto que não tiveram habilitação prorrogada pelo Ministério da Saúde serão custeados pelo estado. O custo diário é de R$ 1,6 mil por leito.
“A economia sofre, e eu sei disso. Estamos fazendo de tudo para uma retomada lá na frente e que alguns setores sintam menos. Mas as vidas não se recupera depois. O mundo passou por pandemias, guerras, recessão, mas se reergueu”, pontuou. “Vamos ter duas semanas de maiores restrições para depois poder migrar para protocolos menos restritivos e buscar um retorno de atividades econômicos com taxa de contágio menor. Mas precisamos que se cumpra um protocolo mais rigoroso. Vai valer a pena preservar vidas que podem ser preservadas”, concluiu Leite.
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Fonte: G1