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O Rio Piracicaba voltou a registrar mortes de peixes, em Piracicaba (SP), neste domingo (8).
O cenário foi constatado pela reportagem em um trecho urbano cortado pelo corpo d’água, na altura da Avenida Cruzeiro do Sul.
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No local, a reportagem constatou que há peixes mortos ou agonizando em áreas mais rasas do rio, mas em uma quantidade menor do que em outros casos registrados em meses anteriores de 2024.
Em nota, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que recebeu imagens e técnicos foram a campo no final da manhã de domingo (8).
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“A oxigenação da água vai melhorando ao longo do dia e os peixes saem da condição de abocanhar o ar. Não houve mortandade de peixes. O déficit de oxigenação tem ocorrido durante a noite em função da estiagem. Durante a próxima madrugada mais água vai chegar no rio, proveniente do aumento da vazão na Barragem Salto Grande, o que deve melhorar a sua condição”, acrescentou.
Sem ‘alteração significativa’ na água, diz Semae
A prefeitura informou que o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) foi contatado para informar se houve alteração na qualidade da água do rio nas últimas 24 horas e a resposta foi que não houve nenhuma “alteração significativa”.
“A forte estiagem é responsável pela baixa vazão dos mananciais e, consequentemente, a baixa oxigenação da água. A prefeitura trabalha para a proteção ao Rio Piracicaba, por meio de estações de controle do Semae, que medem a oxigenação para, diante de qualquer problema, realizar ações rapidamente”, comunicou.
A administração municipal acrescentou que após a maior mortandade ocorrida no rio, em julho, criou o Patrulhamento Aquático da Guarda Civil para fiscalizar o rio Piracicaba, o Corumbataí e outros mananciais.
“O trabalho já é realizado. O plano de proteção aos rios também contará com engenheiros e técnicos ambientais, devidamente equipados para coletar amostras da água em diversos pontos do rio, no exato momento de quaisquer ocorrências, como esta de hoje. A compra de equipamentos e o treinamento estão em processo”, finalizou.
Desastre ambiental em julho
Em julho deste ano, a maior mortandade de peixes já registrada no Rio Piracicaba, que chegou até a Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã, no interior de São Paulo, matou cerca de 253 mil peixes em um trecho de 70 quilômetros.
O dano ambiental gerou uma multa de R$ 18 milhões à Usina São José, de Rio das Pedras (SP), apontada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) como a origem da poluição que gerou as mortes dos animais.
O Ministério Público e Polícia Civil também investigam o caso e a empresa diz que não foi comprovada a responsabilidade dela.
Fonte: G1