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Três dias depois de deixar o cargo de coordenador de futebol do São Paulo, Ricardo Rocha fez um balanço da equipe neste temporada. Em entrevista ao Sportv, ele explicou a queda de desempenho do time no Campeonato Brasileiro, comentou a polêmica envolvendo Nenê, as declarações de Rodrigo Caio e a demissão de Diego Aguirre.
Após liderar o Brasileirão por oito rodadas, o Tricolor caiu de rendimento no returno e terminou em quinto lugar, assegurando uma vaga na pré-Libertadores. De acordo com o ex-zagueiro, faltou opções no elenco para a equipe brigar pelo título até o fim.
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“Primeiro turno foi excelente. Segundo turno, há uma queda absurda. Quando todo mundo no primeiro turno dizia que ia ser campeão, eu sempre falava: ‘calma, falta muita coisa’. Aí começam os problemas: o Everton machuca, um jogador importantíssimo. Nosso elenco não teve encaixe, começou uma queda de produção de jogadores”, argumentou.
“Não tivemos substitutos à altura dos jogadores que se machucaram. Por que não tivemos um elenco mais forte? Porque não tinha como competir com Flamengo e Palmeiras. A verdade é essa”, acrescentou.
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Sobre Nenê não ter gostado de ter sido colocado no banco de reservas por Aguirre, Rocha concordou que o meia foi mimado. “Foi, foi, sim. Houve algumas insatisfações. Vimos uma. Nenê”, revelou.
Ricardo Rocha também falou sobre as declarações de Rodrigo Caio, que criticou Diego Aguirre e afirmou que não se sente mais tão são-paulino. “É uma opinião do Rodrigo, tem que respeitar. É jogador importante para o São Paulo, mas naquele momento o Aguirre achava que era o quarto zagueiro. Rodrigo ficou muito tempo parado. É ótimo jogador”, disse o ex-coordenador.
“E digo mais: por essa declaração dele, é bom ele sair. Ele tem que sair, ou emprestado ou vendido, porque tem muita bola. Voltar à Seleção Brasileira. Falei para ele. É a pressão que é muito grande. Tudo que dá errado é Rodrigo. E não é assim”, completou.
Quanto à demissão de Aguirre faltando cinco rodadas para o término do Brasileiro, Rocha afirmou que era contra a saída do treinador uruguaio após o empate com o Corinthians. “Faltavam cinco rodadas, e eu falei isso para o Raí e algumas pessoas. Se eu estivesse na reunião, eu tentaria que não derrubassem o Aguirre”, contou.
“Em momento algum, nós falamos sobre a queda de treinador. Raí estava muito triste, eu também, o time estava jogando muito mal. Mas o Aguirre foi importante para a gente. Não quer dizer que não queria o Jardine. Acho que capacidade ele tem, poderia assumir depois. Se eu estivesse nessa reunião, deixaria os cinco jogos”, concluiu.
Fonte: Yahoo!