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A revitalização da Rua Amando de Barros, prometida desde 2004 e iniciada efetivamente em 2016, provocou mudanças significativas no principal corredor comercial de Botucatu. Nova concepção paisagística, pisos mais resistentes com uniformidade de material e acessibilidade. Outro ponto foi a alteração no sistema de trânsito, que ficou mais enxuto e exclusivo aos usuários do comércio.
Mais do que garantir nova atratividade estrutural ao comércio, a nova concepção fez com que o trânsito fosse outro ponto de debate. Isso porque, com as obras, na primeira etapa, 50 vagas de estacionamento para veículos foram extintas nas cinco quadras revitalizadas (entre as Ruas Coronel Fonseca e Marechal Deodoro), onde as calçadas passaram por ampliação.
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Agora, com a segunda etapa contemplando desde a Rua Major Leônidas Cardoso até a Rua Visconde do Rio Branco, a concepção urbanística acompanhará o que o botucatuense se acostumou nos últimos anos em termos de estrutura. Com isso, mais 40 vagas de carro e 20 vagas destinadas às motocicletas estão sendo extintas pela nova concepção urbanística.
A questão, entre comerciantes e frequentadores do comércio, passou a ser quanto à possibilidade de ampliação da área de abrangência de cobrança do estacionamento rotativo. O contrato firmado entre a Prefeitura de Botucatu e a Auto Parque prevê o total de 1.800 vagas a serem exploradas em ruas dos principais corredores comerciais e suas adjacências. Atualmente, 1.100 vagas estão ativas com a cobrança nas diferentes modalidades de tempo instituídas pelo Poder Público.
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Sem ampliação do Parquímetro
Segundo nota oficial emitida pela Prefeitura de Botucatu, esta possibilidade é descartada no momento. “Não há projeto para ampliação da área de atuação da empresa de parquímetro, como compensação dessas vagas”, ressalta o comunicado.
O próprio Prefeito Mário Pardini (PSDB) declarou, por diversas vezes em entrevistas aos órgãos de imprensa de Botucatu, que não cogita momentaneamente ampliar as vagas de estacionamento rotativo.
“O objetivo é suprimir o menor número de vagas. Mas não temos escopo para ampliação da área
que é abrangida pela cobrança do parquímetro. Mesmo com essa supressão das vagas, não tenho a intenção de ampliar para outras ruas neste momento”, declarou, em entrevista ao Leia Notícias no mês de abril, o Chefe do Executivo Municipal.
Auto Parque
César Mourão, diretor comercial da Auto Parque do Brasil, concessionária do serviço de estacionamento rotativo em Botucatu, salienta que a empresa aguardará a finalização de todo o processo de revitalização para analisar o impacto no número total de vagas extintas.
Somente após todo o estudo técnico é que a empresa definirá se solicitará ampliação de vagas nas ruas do Centro. “Primeiro a empresa quer entender o impacto que a
revitalização trará no sistema de estacionamento rotativo, para qualquer solicitação de ampliação. Existem áreas que necessitam da implantação da Zona Azul por causa do alto fluxo de tráfego, principalmente em regiões com denso comércio, como a Avenida Dom Lúcio e as vias paralelas. Mas ainda é algo muito incipiente”, ressalta Mourão.
Em 2016, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, hoje vinculada à Secretaria de Infraestrutura, iniciou estudos para ampliar a área de abrangência de rotatividade no estacionamento na Avenida Dom Lúcio e nas Ruas Dr. Costa Leite e General Telles. Foram consultados comerciantes e populares para saber da aceitação desse sistema na Avenida. O projeto, no entanto, acabou por ficar em segundo plano.
Fonte: Jornal Leia Notícias Por Flávio Fogueral