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Os restos mortais de São Benedito foram destruídos após um incêndio atingir a Igreja de Santa Maria de Jesus, em Palermo, na Itália. Apenas alguns fragmentos de ossos, até então guardados praticamente intactos em uma caixa no local, foram retirados dos escombros após as chamas serem contidas por equipes de socorro.
Por conta das altas temperaturas que atingem boa parte do Hemisfério Norte, que enfrenta um dos verões mais quentes dos últimos anos, a cidade de Palermo, onde fica a igreja e um convento, foi atingida por fortes incêndios no último dia 25.
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Distrutta dalle fiamme la chiesa di Santa Maria di Gesù a Palermo, salvate reliquie di San Benedetto #sicilia #incendio #palermo pic.twitter.com/KOTUGS7zTw
— Agenzia VISTA (@AgenziaVISTA) July 26, 2023
? Brutta notizia dalla Parrocchia Santa Maria di Gesù di #Palermo: "Con il cuore in lacrime ci rattrista molto comunicarvi che poco è rimasto del corpo di San Benedetto il Moro e del Beato Matteo di Agrigento. Dal cielo intercedano per quanti stanno soffrendo in queste ore e per… pic.twitter.com/kMyEF30rEf
— Walter Giannò (@waltergianno) July 26, 2023
Segundo o portal Vatican News, diversas outras relíquias religiosas do local, além dos restos mortais de São Benedito, co-patrono de Palermo, foram perdidas na ocasião. Construída em 1426, a igreja era local de peregrinações de muitos latino-americanos, tradicionalmente fiéis do beato.
Em julho, dezesseis grandes cidades da Itália ficaram em alerta vermelho, incluindo Bolonha, Florença, Roma, Cagliari e Palermo, com temperaturas de 36°C na sombra e 40°C no sol. Em Roma, rebatizada de “cidade do inferno” pela imprensa, o termômetro marcava 34°C às 13h30 deste domingo e pode chegar a 40°C na segunda-feira e 43°C na terça-feira — quebrando o recorde de 2007 de 40,5°C.
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No zoológico, a equipe começou a alimentar os animais com frutas congeladas. Os visitantes viram um hipopótamo comendo fatias de melancia e um lêmure lambendo frutas para matar a sede.
Apesar da onda de calor, cerca de 15 mil pessoas reuniram-se na Praça de São Pedro para a tradicional oração do Angelus do Papa Francisco, realizada de uma janela da Santa Sé ao meio-dia, de acordo com o Vaticano. Muitas delas estavam com chapéus ou guarda-chuvas e, em alguns casos, ventiladores. Para os religiosos, vestidos de preto, a provação é ainda mais difícil.
— É difícil se adaptar, é mais quente do que na África — disse à AFP François Mbemba, um padre de 29 anos de uma diocese em Kinshasa, na República Democrática do Congo. — E esse calor dura até a noite e temos dificuldade para dormir. Vestidos de preto, suamos como o inferno.
Sul escaldante
Na ilha de Lampedusa, a cerca de 144 km da costa tunisiana — onde milhares de migrantes desembarcam todos os anos — a Cruz Vermelha “ampliou as áreas de sombra com capitéis e pérgulas”, disse à AFP uma porta-voz da organização humanitária internacional.
O Centro Meteorológico Italiano (CMI) está chamando-a de “a onda de calor mais intensa do verão, mas também uma das mais intensas de todos os tempos” no país. As temperaturas mais altas são esperadas na ilha da Sardenha. O recorde de 48,8°C em 11 de agosto de 2021 — a temperatura mais alta já registrada na Europa — pode ser quebrado.
O calor é um dos fenômenos climáticos mais mortais, lembrou recentemente a Organização Meteorológica Mundial. No verão passado, somente na Europa, as altas temperaturas causaram mais de 60 mil mortes, de acordo com um estudo recente.
Fonte: Agências