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O republicano Kevin McCarthy foi eleito presidente da Câmara dos Estados Unidos no começo deste sábado, após fazer grandes concessões a um grupo de parlamentares linha-dura de direita que levantam questões sobre a capacidade que o partido terá para governar.
A vitória de McCarthy na 15ª rodada de votação encerrou a mais profunda disfunção do Congresso em mais de 160 anos, mas ilustrou nitidamente as dificuldades que ele terá para liderar uma maioria apertada e muito polarizada.
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Ele finalmente venceu por 216 a 212, e conseguiu ser eleito com os votos de menos da metade dos membros da Câmara apenas porque seis parlamentares do seu próprio partido se abstiveram –sem apoiar McCarthy como líder, mas também sem votar em outro candidato.
Ao pegar o martelo pela primeira vez, McCarthy representou o fim do controle dos democratas do presidente Joe Biden nas duas casas do Congresso.
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“Nosso sistema é construído sobre freios e contrapesos. É hora de sermos um freio e oferecer algum contrapeso às políticas do presidente”, disse McCarthy, em seu discurso de posse, que apresentou uma ampla gama de prioridades, de cortar gastos com imigração a enfrentar guerras culturais.
McCarthy foi eleito apenas depois de concordar com uma demanda do grupo linha-dura de que qualquer parlamentar pode pedir a sua saída do cargo a qualquer momento. Isso reduzirá muito o poder que ele terá para passar projetos de lei sobre questões críticas, como o financiamento do governo, abordar o iminente teto da dívida do país e outras crises que possam surgir.
O desempenho mais fraco do que o esperado dos republicanos nas eleições de meio de mandato em novembro os deixou com uma apertada maioria de 222 a 212, o que deu um poder descomunal aos parlamentares de direita que se opõem à liderança de McCarthy.
Essas concessões, que incluem altos cortes de gastos e outras restrições aos poderes de McCarthy, podem apontar para mais turbulência nos próximos meses, especialmente quando o Congresso precisará aprovar mais uma ampliação da dívida de 31,4 trilhões de dólares.
Ao longo da última década, os republicanos várias vezes causaram um fechamento de boa parte do governo e levaram o maior devedor do mundo à beira da inadimplência, na tentativa de extrair drásticos cortes de gasto, geralmente sem sucesso.
Fonte: Yahoo!