28 de novembro, 2024

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Relógio nuclear avança e está a dois minutos da meia-noite

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O “Doomsday Clock” (Relógio nuclear), que simboliza a iminência de um cataclismo mundial, avançou e está a dois minutos da meia-noite, por causa do risco crescente de uma guerra nuclear e do quão “imprevisível” pode ser o presidente americano, Donald Trump.

O Boletim dos Cientistas Atômicos disse nesta quinta-feira (25) que o relógio avançou 30 segundos, ficando mais perto do que nunca da hora do apocalipse.

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“Em 2017, os líderes mundiais falharam em responder de maneira efetiva ao aparecimento de ameaças como uma guerra nuclear e a mudança climática, tornando mais perigosa a segurança global do que havia sido um ano antes e como não era desde a Segunda Guerra Mundial”, segundo declaração de um grupo de intelectuais que abarca áreas de Relações Internacionais, Ciências, Meio ambiente e Segurança.

A última vez que o relógio esteve dois minutos antes da meia-noite foi em 1953, quando os Estados Unidos e a antiga União Soviética realizavam testes de bombas de hidrogênio.

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“Nas discussões deste ano, mais uma vez os assuntos nucleares se colocaram no centro do cenário”, disse Rachel Bronson, presidente e diretora-executiva do Boletim dos Cientistas Atômicos.

Bronson mencionou os novos testes realizados pela Coreia do Norte, um maior compromisso com as armas nucleares de China, Paquistão e Índia, assim como as “imprevisíveis” declarações do presidente dos Estados Unidos no Twitter.

O “Doomsday Clock” foi criado em 1947. Seu horário já mudou 20 vezes desde então, em uma faixa que vai de dois minutos para a meia-noite, a 17 minutos antes da meia-noite, em 1991.

No último ano se moveu de três minutos antes da meia-noite para dois minutos e meio.

No ano passado, o programa nuclear da Coreia do Norte “fez progressos notáveis”, assinalou o grupo na declaração.

E “as ações provocativas e a retórica” de Estados Unidos e Coreia do Norte “aumentaram a possibilidade de uma guerra nuclear”.

Robert Rosner, professor do Departamento de Astronomia, Astrofísica e Física da Universidade de Chicago, assinalou a administração Trump por suas “inconsistências”, que, segundo ele, pioram os riscos nucleares e “constituem um grande desafio” para “a estabilidade global”.

As relações tensas entre Estados Unidos e Rússia também são uma ameaça, disse Sharon Squassoni, professor do Instituto para a Ciência Internacional e Políticas de Tecnologia na Universidade George Washington.

“Pela primeira vez em muitos anos não estão em marcha negociações sobre o controle de armas nucleares entre Estados Unidos e Rússia”, indicou.

A mudança climática também é um fator de preocupação. Em 1953 “era uma ameaça hipoteticamente distante”, sustentou Sivan Kartha, cientista do Stockholm Environmental Institute.

Desde então, o dióxido de carbono aumentou seis vezes e o meio ambiente aqueceu cerca de 1ºC.

No ano passado se viu um aquecimento extremo no mundo, danos catastróficos de furacões no Caribe e incêndios devastadores, afirmou Kartha.

 

Relógio do apocalipse (Fonte: Bulletin of the Atomic Scientists)

 

Fonte: Yahoo!

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