30 de janeiro, 2025

Últimas:

Relógio do Juízo Final atualiza horário do “fim do mundo” para 89 segundos para meia-noite; entenda por que

Anúncios

O Relógio do Juízo Final, ou Doomsday Clock, teve a sua hora atualizada nesta terça-feira (28) e passou a marcar 89 segundos para meia-noite. Quando mais próximo do horário metafórico de meia-noite, mais perto a humanidade está de provocar o seu próprio fim, afirma o Conselho de Ciência e Segurança (SASB) do Boletim dos Cientistas Atômicos, responsável pela iniciativa. Antes da mudança de hoje, a alteração mais recente tinha acontecido em 2023, quando os ponteiros mudaram de 100 segundos para meia-noite para 90 segundos para meia-noite – o mais próximo de uma catástrofe global que já estivemos, até então.

Representação oficial do Doomsday Clock, ou Relógio do Juízo Final, iniciativa do Conselho de Ciência e Segurança (SASB) do Boletim dos Cientistas Atômicos (Foto: Reperodução/Um Só Planeta)

O SASB se reúne duas vezes por ano para discutir eventos mundiais e mudar o Relógio conforme necessário. O conselho é composto por cientistas e outros especialistas com profundo conhecimento de tecnologia nuclear e ciência climática, que frequentemente fornecem consultoria especializada a governos e agências internacionais. A apresentação deste ano contou com nomes como Juan Manuel Santos, presidente do The Elders, ex-presidente da Colômbia e ganhador do Prêmio Nobel da Paz; Daniel Holz, professor da Universidade de Chicago e presidente do SASB; e Manpreet Sethi, PhD, bolsista ilustre do Centro de Estudos de Energia Aérea em Nova Delhi, na Índia, e membro do SASB.

Anúncios

Para tomar a decisão, eles ainda consultam colegas em uma variedade de disciplinas e buscam as opiniões do Conselho de Patrocinadores do Boletim, que inclui nove ganhadores do Prêmio Nobel.

Este grande corpo de especialistas acredita que o futuro dos seres humanos nunca foi tão incerto quanto agora, e por isso decidiram ajustar mais uma vez o relógio metafórico. Os fatores que impactam a sua configuração incluem risco nuclear, mudanças climáticas, tecnologias disruptivas e biossegurança. No anúncio deste ano, os cientistas destacaram o fato de 2024 ter sido o ano mais quente já registrado, com destaque para os furacões, queimadas e enchentes que deixaram um rastro de destruição pelo mundo.

Anúncios

Relógio do Juízo Final

O Relógio foi criado em 1947, quando o físico Hyman Goldsmith encomendou à artista Martyl Langsdorf um design para a capa da edição de junho daquele ano do Boletim, a primeira publicada como uma revista em vez de um boletim informativo.

A princípio, a artista considerou usar o símbolo para o elemento urânio para ilustrar a ideia. Mas, enquanto ouvia os cientistas que trabalharam no desenvolvimento da bomba atômica, ela sentiu o senso de urgência deles. Então, esboçou um relógio para sugerir que a humanidade não tinha muito tempo para controlar as armas atômicas.

Segundo o Boletim, o Relógio é “um design que alerta o público sobre o quão perto estamos de destruir nosso mundo com tecnologias perigosas de nossa própria criação. É uma metáfora, um lembrete dos perigos que devemos enfrentar se quisermos sobreviver no planeta”.

Ele se moveu pela primeira vez em 1949, depois que a União Soviética testou com sucesso sua primeira bomba atômica. Naquele ano, os ponteiros foram ajustados de sete minutos para meia-noite para três minutos para meia-noite.

Leonard Rieser, então presidente do Conselho do Boletim dos Cientistas Atômicos, movendo o ponteiro do Relógio do Juízo Final para 17 minutos antes da meia-noite em 26 de novembro de 1991. (Foto: Reprodução/Um Só Planeta)

O ano em que as marcações ficaram mais distantes da meia noite foi 1991. Com o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas, o primeiro a prever cortes profundos nos arsenais de armas nucleares das duas potências, o que levou o Boletim a configurar os ponteiros para 17 minutos para a meia-noite.

Os ponteiros dos minutos já foram acertados 25 vezes desde que o Relógio passou a existir, no final da década de 1940. Desde fevereiro de 2019, a representação oficial do Relógio do Juízo Final está localizada nos escritórios do Boletim, que ficam na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Fonte: Um Só Planeta

Talvez te interesse

Últimas

A tecnologia a laser tem se destacado pela redução de desperdícios e eficiência energética, beneficiando setores como automotivo e metalúrgico ...

Categorias