26 de dezembro, 2024

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Relatório da Wada indica que Japão pode ter comprado Olimpíadas de 2020

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Em informe divulgado nesta quinta-feira, a Agência Mundial Antidoping acusa o ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack, de ter recebido propina em troca de votos para a escolha de Tóquio como cidade-sede das Olimpíadas de 2020. A capital japonesa concorria com Istambul, na Turquia, que não aceitou efetuar pagamento em troca da candidatura e acabou sendo derrotada.

Segundo o documento, Khalil Diack, um dos filhos do ex-presidente da entidade que regula o atletismo mundial, seria o responsável por receber a quantia de R$ 20 milhões, com a justificativa que seria parte do valor de patrocínios de empresas japonesas para a Iaaf. Uma das empresas que poderiam estar envolvidas no esquema seria a gigante do segmento de fotografia Canon, segundo o jornal inglês The Guardian.

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“Segundo o relato da conversa, os japoneses fizeram o pagamento de tal soma e os Jogos Olímpicos foram concedidos a Tóquio”, revela o informe. Tóquio acabou vencendo a votação por 60 a 36 e irá sediar o maior evento esportivo do mundo pela segunda vez. Em 1964 a capital japonesa já havia abrigado as competições.

A Agência Mundial Antidoping (Wada) é a responsável pelas investigações das atividades ilícitas que aconteciam na Iaaf, como omissão de flagrantes de doping e corrupção. Analisando alguns documentos, o relatório divulgado nesta quinta-feira também descobriu novas irregularidades, como a compra de votos.

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Após a quebra do sigilo bancário e telefônico dos dirigentes da Iaaf, as investigações também tiveram acesso a e-mails que levaram à acusação. Papa Diack e Khalil Diack teriam se comunicado com atletas turcos e importantes nomes que comandavam os planos de Istambul se candidatar às Olimpíadas. No entanto, nenhum deles aceitou pagar a propina imposta por Lamine Diack, algo que foi aceito pelos japoneses.

Atualmente, quatro dos sete patrocinadores da Iaaf são empresas japonesas como Toyota, Seiko, TDK e Canon. Papa Diack também estaria envolvido na escolha de sedes do Campeonato Mundial com os mesmos moldes da política adotada para as Olimpíadas. Em 2011 o Mundial aconteceu na Coreia do Sul, ano em que a Samsung assinou contrato com a Iaaf. Já em 2013, o banco russo VTB também investiu em patrocínio na entidade e, coincidentemente, quando o torneio foi realizado em Moscou.

Fonte: Yahoo!

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