21 de outubro, 2024

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Reino Unido vive nova disputa pelo poder, com possibilidade de volta de Johnson

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O Partido Conservador do Reino Unido abriu, nesta sexta-feira (21), uma campanha frenética para encontrar um sucessor para a primeira-ministra demissionária Liz Truss, com a candidatura confirmada do ex-candidato Rishi Sunak e a possibilidade do retorno de Boris Johnson.

Embora ainda não tenha anunciado abertamente suas intenções, Sunak, que perdeu para Truss a votação final para suceder Johnson, obteve o apoio mínimo de 100 parlamentares conservadores para entrar oficialmente na disputa.

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“É uma honra ser o 100º deputado conservador que apoia #Ready4Rishi [hashtag em refrência a Rishi Sunak]”, tuitou o veterano Tobias Ellwood na noite desta sexta. Outros deputados alinhados ao ex-ministro das Finanças também disseram que ele tinha superado esta barreira.

Se ninguém mais conseguir este apoio, Sunak se tornaria automaticamente o novo líder do partido e primeiro-ministro.

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Além dele, a atual ministra britânica das Relações com o Parlamento, Penny Mordaunt, também pretende substituir Truss, que se demitiu depois de 44 dias no cargo, marcados pela crise econômica desencadeada especialmente por suas próprias decisões.

Johnson avalia retornar

Se as candidaturas de Sunak e Mourdant eram esperadas, já que ambos disputaram o cargo há algumas semanas, a grande surpresa é o possível retorno do premiê precedente, Boris Johnson, que está em todas as primeiras páginas dos jornais e começa a ganhar força.

Johnson, obrigado a anunciar sua demissão em julho após uma série de escândalos, soma apoios e continua sendo muito popular nas bases do partido.

O ex-líder não declarou publicamente se vai se candidatar, mas interrompeu suas férias no Caribe para participar da primeira votação do processo de sucessão que será realizada na segunda pelos parlamentares “tories”.

Johnson já obteve os apoios públicos do ministro das Finanças, Jacob Rees-Mogg, e do secretário da Defesa, Ben Wallace.

“Por enquanto, me inclinaria a Boris Johnson”, embora ele tenha “algumas perguntas a responder” sobre alguns escândalos, disse Wallace.

James Duddrige, um dos principais aliados de Johnson no Parlamento, afirmou que tinha feito contato com ele por mensagem. “Disse: ‘vamos fazê-lo'”, afirmou.

No entanto, o ministro de Segurança, Tom Tugendhat, que apoiou Sunak, informou que “não é momento para jogos políticos, de acertar contas ou olhar para trás”.

A volta é controversa: alguns parlamentares conservadores anunciaram que vão renunciar se Johnson retornar. Além disso, o ex-líder é investigado pelo Parlamento para elucidar se ele mentiu na Câmara durante o escândalo do “partygate” e corre o risco de ter seu mandato parlamentar suspenso.

Segundo algumas informações, os grupos de Sunak e Johnson estão falando de um possível pacto de unidade, embora ainda haja contas pendentes desde que o ex-primeiro-ministro deixou o cargo.

Pedido de eleições

Os candidatos devem apresentar antes das 14h00 locais (10h00 de Brasília) de segunda-feira o apoio de pelo menos 100 dos 357 parlamentares conservadores, o que limita a disputa a no máximo três candidatos.

Estes representantes vão participar de duas votações: a primeira reduzirá a eleição a dois candidatos e a segunda servirá como “indicador” aos membros do partido sobre a opção preferida pelos deputados.

Então, a não ser que os parlamentares se alinhem a um único aspirante, serão os filiados ao Partido Conservador que decidirão a questão em uma votação remota na semana que vem.

O portal político Guido Fawkes, que acompanha de perto os apoios dos deputados a cada possível candidato, registrava, até a tarde desta sexta-feira, 103 “votos” para Sunak, 68 para Johnson e 25 para Mordaunt.

Quem quer que seja o novo governante do país, enfrentará um partido marcado por divisões, com a oposição no topo das pesquisas e uma grave crise econômica, com caos nos mercados e uma inflação que se aproxima de níveis máximos em décadas.

A empresa de pesquisas YouGov informou que três em cada cinco britânicos desejam eleições gerais antecipadas, em linha com as demandas dos partidos da oposição.

O Partido Trabalhista e outras formações asseguram que só as eleições vão acabar com meses de caos político desencadeado depois que Johnson foi forçado a renunciar após uma concatenação de escândalos pessoais e políticos.

Nesse processo, Sunak era favorito entre os deputados conservadores, mas finalmente venceu Truss em uma votação entre os 80.000 membros de base da formação.

“Isto não é só uma novela à frente do partido ‘tory’; está fazendo um grande mal à reputação do nosso país” e à vida da população, disse o líder trabalhista Keir Starmer.

Fonte: Yahoo!

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