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Uma aparição incomum de águas-vivas conhecidas como pink meanie (nome popular em inglês da espécie Drymonema larsoni) tem chamado a atenção de banhistas na costa do Texas, nos Estados Unidos. As grandes e coloridas criaturas podem pesar até 23 quilos e ter tentáculos que chegam a 21 metros de comprimento.
O biólogo Jace Tunnell, pesquisador e diretor de engajamento comunitário do Harte Research Institute da Universidade do Texas, registrou o aparecimento de vários exemplares no fim de setembro. Segundo ele, o primeiro animal foi encontrado na areia, e depois mais de dez foram avistados ao longo da praia e até em uma marina de Port Aransas, onde uma delas estava enrolada em uma água-viva-lua, sua principal presa.
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“As pink meanies começam pequenas, mas podem crescer muito”, afirmou Tunnell. Ele explicou que, enquanto na água o animal se parece com um algodão-doce flutuante por causa da coloração rosada, na areia tende a ficar mais pálido, o que dificulta sua identificação. Uma vez encalhadas, são rapidamente consumidas por aves e caranguejos.
Essas águas-vivas se alimentam principalmente de outras espécies, especialmente das chamadas águas-vivas-lua (Aurelia aurita), mais comuns e bem translúcidas. Conforme o Dauphin Island Sea Lab, as pink meanies seguem as populações de suas presas, aparecendo em maior número entre o fim do verão e o início do outono, e acabam cumprindo um papel ecológico importante ao controlar as populações de outras águas-vivas.
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“Quando há muitas águas-vivas-lua, as rosadas aparecem também. Quando elas somem, as pink meanies desaparecem junto”, disse Tunnell, à revista The SmithsonianMag. Apesar de possuírem veneno, as pink meanies não representam grande perigo. “A sensação é suportável. Eu daria nota dois, de dez, para a dor da picada”, afirmou.
A espécie foi identificada pela primeira vez em grande número nas Florida Keys, em 2000. Inicialmente, cientistas acreditaram tratar-se de uma espécie comum no Mediterrâneo e no Caribe. Mas análises genéticas realizadas em 2011 confirmaram que se tratava de uma nova espécie e até de uma nova família de águas-vivas, chamada Drymonematidae. O nome científico Drymonema larsoni homenageia o biólogo Ron Larson, que estudou o grupo no Caribe. Hoje, exemplares da espécie já foram registrados no Golfo do México, no Mediterrâneo e na costa da África do Sul.
Fonte: Um Só Planeta